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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Inspiração relâmpago

Não, não procurarei um tema inspirador para escrever algo bonito, quando se há um monte de poesias melhores em forma de flores nos campos e bosques escandinavos, brasileiros, mundanos e oníricos.
Palavras que se perpetuam como uma mancha estão fora de moda. Até porque nem mesmo as manchas são eternas. A efemeridade é o novo velho que sempre existiu mas nunca foi notado. Ou é notado apenas por poucos.
Palavras aleatórias e efêmeras são o que têm o poder. Muitas vezes a aleatoriedade pode juntar peças que montem um quebra cabeça, assim como as partículas nos primódios do planeta que sofreram descargas elétricas e por acaso combinaram-se de modo único, surgindo assim a primeira forma de vida. Não que eu acredite no acaso, até mesmo a aleatoriedade é planejada de acordo com as leis universais. Mas o que realmente importa é o resultado que se tem depois e a marca que ele deixa na alma. Isso sim é eterno e de suma importância.

Acho que por enquanto isso sacia minha vontade de escrever alguma coisa que eu não sabia o q.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O vaso quebrado

Um vaso cai e quebra. É a física. É a física mecânica. É a mecânica. É como tudo acontece. É o material. É o vaso desforme. É o vaso espalhado. São pedaços de um inteiro. É um inteiro com intervalos. É a visão sobre algo que é como é não somente porque simplesmente é e ponto. Existe um ensinamento oculto por trás disso.

As leis que regem tudo, são na verdade uma só. Tudo é um só. O absolto é tudo.

O vaso não existe. Existe apenas de modo ilusório para elevar os que estão em busca de se tornar novamente parte do tudo, de modo consciente.

As vezes nos pegamos tão imersos na ilusão de um vaso quebrado, que esquecemos de como é bom fazer parte do universo. Ser único entre únicos, que são um só.

Quando o egocentrismo, narcisismo e egoismo nos combrem com seus mantos ilusórios, queremos brilhar mais que os outros. Ser invisível é o último recurso. Queremos ser um vaso inteiro, objetivamente falando.

Mas um vaso quebrado também é inteiro. Só não está organizado da mesma forma que um vaso intacto. Sua forma impede de receber a mesma função do outro, e é descartado, jogado fora. Mas ele não sumirá, o vaso é indestrutível. Pode virar carbono, ser decomposto, corroído, reciclado, triturado... Sua matéria estará vagando em algum lugar, sempre cumprindo seu papel, o papel universal, que é maior que o papel do vaso intacto, um simples vaso que está preso à sua imagem inventada e sem valor para a natureza, o planeta, o sistema solar, as estrelas, as galáxias, o infinito, o absoluto. O vaso quebrado pode até não ser mais reconhecido, estar escondido entre outros objetos alheios. Mas sua nobre existência é inegável. Sua missão ainda é divina.

domingo, 10 de outubro de 2010

Resultado de uma meditação interrompida

Preciso meditar. Estou sempre precisando meditar. Adiando, adiando, adiando... E quando vejo, estou sufocado pelos problemas que tento sufocar.
Eu chego a enforcá-los. Aperto com força seus pescoços. Sinto suas goelas amassada na minha mão. E quando me deparo com a morte, me espanto e perco as forças.
Não é assim que deve-se resolver as coisas. Temos que sentar e conversar até colocar os pingos em todos os "i"s. É que é uma conversa longa, e o rumo dela só Deus conhece, não posso simplesmente inventar um final para uma conversa não terminada. É todo um processo passivo, onde simplesmente espero a resposta do outro.
Das últimas vezes que tentei imaginar a conversa, antes mesmo de iniciá-la, eu cheguei a criar vários caminhos os quais ela poderia tomar. Filosofei muito e morri em uma bifurcação. De um lado está tudo certo, do outro, tudo errado. Só um caminho me leva para onde o Sol encontra-se. Pode ser também que não seja necessário escolher um dos caminhos, porque pode ser que não sejam relevantes, pode ser que eu possa pisar na grama que há entre os dois e andar pelo pasto verde até o amanhecer.
Eu de nada sei. Só adio o meu encontro com a resposta, com a seta que me guiaria para o certo.
Parece que é o problema da minha vida e que não consigo prosseguir mais enquanto não resolvê-lo. Fico preso em confusão e entregue à perdição.
Voltando aos caminhos encontrados... Eles são caminhos opostos. Na placa dos dois há a indicação de um problema que já nasceu comigo. Porém, enquanto em uma fala para eu caminhar o caminho todo com o problema para que eu possa chegar ao Sol, a outra diz para que eu destrua o problema, caso contrário não alcanço meu objetivo. A segunda, pela lógica, parece ser mais adequada. Mas... E se o problema não for um problema de verdade? E se eu estiver delirando e me afogando sozinho? E se o mundo me deixou louco? E se nada disso importa e apenas perco tempo com uma indecisão que me mata aos poucos? Mas... E se importar? Eu realmente quero chegar onde o Sol está... Só isso importa. O resto eu me viro, faço qualquer coisa. Mas pelo amor... Ah é, lembrei que não importa o quanto eu reclame ou peça ajuda, nada vai acontecer. Apenas devo parar de adiar a minha conversa e simplesmente escutar a resposta da minha pergunta: O meu problema é realmente um problema que me impede de chegar ao Sol?

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Choque de uma mensagem

A partir do momento que vestimos a carne dos que não têm mínima noção de onde seus restos materiais iriam parar depois de sua morte, causa-se um transtorno na vida e mente de muitos.
Há um significado digno e maior por trás de um aparente ato de brutalidade. Há uma elevação no trabalho divino onde o impacto deve ser grande mesmo para que o objetivo cumpra-se.
O preço por isso talvez é que tenha sido esquecido.
Talvez o impulso tenha cegado momentaneamente quem pensou na criação da mensagem transformadora. Não viu o impacto espiritual que causaria um sangue derramado de inocentes que não fosse para a sobrevivência de outros.
Pode ser que não tenha sido em vão, que haja mudança na vida de muitos e para melhor. Mas será que vale a pena? É realmente divina a causa? Divina a ponto de acabar com a vida?
Acho que um planejamento prévio é necessário e espero sinceramente que o objetivo de tudo isso tenha sido cumprido. Se não... Tudo bem, eu perdoo.

Liberdade atrasada

Acordei um dia de bem com a vida. A engrenagem que movimentava o sentimento de libertação girava aceleradamente. Tudo que era perceptível ao meu redor ampliava sua capacidade de ser percebido. Já era possível ser apenas o que se sentia. Era o individual tornando-se o coletivo, que na veradade, é uma coisa só.
Uma das coisas loucas que leio em minha vida bateu à minha porta, a vontade louca de correr nu pelas matas e mangues, sentir o vento e a imersão no parangolé da vida. Nada disso foi idéia minha, mas confesso que tomei para mim algo que já fazia parte de mim no momento em que abri as portas para o mundo.
Tudo era alegria, nada fazia mais sentido, leis não existiam. Um sentimento de culpa e vagabundisse invadia a minha mente de tempos em tempos enquanto experimentava tal estado de euforia. Mas o que é ser vagal? É não cumprir com os deveres de um dever ilusório? Ou ele realmente pesa sobre nossas cabeças? Seria um dever usurpador? Impostor? Qual o verdadeiro dever? Não seria o de ser vagal? Bem, pelo menos naquele momento era o que fazia sentido e bastava.
É nesses momentos onde nos livramos de amarras é que ou enlouquecemos ou fazemos o que é certo para sermos livres. De um jeito ou de outro, conseguimos alcançar o que queremos, não importa qual dos dois caminhos. Chegamos onde o que importa já nos é conhecido mesmo que de forma subconsciente.

O mais engraçado é escrever sobre uma coisa que faria bem mais sentido se tivesse escrevdio no dia em que realmente estava lvre, onde o sentimento verdadeiro seria o autêntico autor do texto. Apenas escrevo isso hoje porque sinto que deveria ter escrito e não escrevi. Estou atrasado, me atrasei.

sábado, 11 de setembro de 2010

Pergunta?

Sou uma pergunta ambulante.
Vivo a interrogar.
É um sintoma de uma alergia karmica, uma coceira que me faz lembrar de paartes de mim mesmo que já nem sentia mais.
Sou disforme e crio forma conforme penso no que ainda é amorfo para mim.
Sou uma interrogação ambulante.
Sou o espelho privado, sou o espelho íntimo, sou o espelho comunitário. O espelho que reflete o que está em sua frente.
Sou a incerteza ambulante.
Sou eu que crio decisões mesmo que não haja uma resposta, até porque muitas vezes ela nem existe, revelando o lado mais sólido de minha existência.
Sou uma indagação, um questionamento ambulante, vadiando perdido enquanto crio o caminho para o meu destino certo.
Sou uma engrenagem ambulante.
Giro para a mesma direção que a evolução gira, impulsiono todo o resto do mundo, crio e destruo fortalezas, acendo e apago luzes.
Agora, se definir-se é limitar-se, tudo o que descrevi sobre mim já não faz mais sentido, uma vez que não tenho limites, transcendo o tempo e espaço e atinjo o infinito, aonde vive o meu objetivo construtor.
Então fica aqui um pedaço de mim mesmo: você concorda com tudo isso?

terça-feira, 7 de setembro de 2010

4

O jovem estava em frente a um buraco com uma esfera roxa translúcida dentro, como se fosse um meteoro e tivesse caido com uma velocidade incrível.

- Mas o que é isso...?

E como um encanto, as palavras proferidas serviram como uma música de despertar para o objeto, que irradiou uma luz intensa, como um segundo sol. Com a intensidade da luz mais fraca, a esfera começou a flutuar, dando algumas voltas em torno do nosso herói, como se estivesse tentando reconhecê-lo, e parando em frente a ele, no ar.

"Mas q..."

- Olá! Eu estava te esperando! - saudou uma voz andrógena, surpreendendo o jovem atônito que, sem saber o que responder, continuou a observar a bola radiante.

"Pera ai... Essa voz está vindo dessa... 'Coisa'?"

- Nossa, você me encontrou mais rápido do que eu achei que iria...
- Quem... Quem é... Aliás... O QUE é você?
- Ah, desculpe-me, esqueci de me apresentar... Eu sou o Oráculo.
- O quê?
- É... Serei seu guia para a jornada que está prestes a iniciar.
- Jornada? Ah, sim... Jornada... (?)
- É! Mas... Mas eu não posso ficar aqui por muito tempo, você terá que estabelecer um santuário primeiro...
- Um San... Olha, dá pra me explicar tudo direitinho o que está acontecendo? Eu não sei de nada do que você está falando.
- É óbvio que não sabe. Até porque, qual seria a graça se você soubesse?
- Como?
- Olha, é o seguinte: antes de qualquer coisa, eu preciso... Quero dizer, nós precisamos de um santuário... Arrume um aí...
- Não, porque é super simples de se "arrumar" um santuário assim, do nada... Principalmente quando uma esfera de cristal roxo que fala te pede um santuário... Assim, super básico... E como você quer que eu faça isso, no meio do nada, em cima de uma montanha?
- Nossa, você não era assim... Tá parecendo até que os anos roubaram a sua imaginação...
- Como assim? Você quer o que, que eu imagine um santuário, é isso?
- Ué, e de que outro modo seria?
- (???)
- Sim, imagina um ai... Mas depressa, eu não aguentarei muito tempo aqui... Ah, e não esqueça, tem que ser um lugar que lhe pareça seguro e seja privado...

"Um santuário... Privado? Privado sempre me lembra privada de um banheiro de uma casa comunista qualquer... Enfim... Ok, vejamos... Hmm... Podia ser, tipo uma gruta né... Uma salinha escura, aconchegante... Com a parece de tijolos verde petróleo azulado... Com uma fontezinha grudada em uma das quatro paredes... É isso! Será essa salinha pequena, sem janelas nem paredes, escura e de cores frias, com a água escorrendo em uma fonte que será a morada do oráculo..."

Quando o jovem abriu os olhos após momentos de pura imaginação, encontrava-se no santuário que havia imaginado, com o Oráculo flutuando sobre a fonte, menos translúcido e mais roxo do que antes.

- Nossa, não estou acostumado com esse tipo de ambiente... Podia ser algo mais arejado não? Hehe... Enfim... Não mude mais, por enquanto. Agora que temos mais tempo, vejo que você não sabe nada do que você não sabe... Pode perguntar o que quiser.
- ... Mas não é meio óbvio que eu não saiba nada das coisas que eu nada sei?
- Não, não é óbvio.
- ...
- Mais alguma outra pergunta?
- De onde você me conhece?
- Ah, desde sempre!
- Como? De onde você veio?
- Eu fui criado para lhe servir como guia, por isso te conheço desde sempre. Eu vim da biblioteca superior.
- Biblioteca superior?
- Sim, biblioteca superior.
- ... E você será meu guia do que?
- Serei guia da sua jornada.
- Qual jornada? E por que fica me dando respostas completas o tempo todo? Não precisa, isso cansa...
- Ok. Jornada que você acabou de começar, em busca das chaves do arco-íris.
- Arco-íris? Que coisa mais... Feliz... E uma coisa: por que você só responde exatamente o que eu pergunto se é meu guia? Não deveria dar mais explicações e, tipo... Me "guiar" melhor?
- Ué, eu só respondo o que você pergunta.
- Você só responde perguntas ou realiza desejos?
- Que tipo de desejo?
- Por exemplo, eu desejo que você me diga o que eu tenho que fazer pra achar essas chaves...
- Ah, sim, esse tipo de desejo. Bem, eu não posso falar como fazer isso agora sobre todas as chaves... Só sobre a primeira...
- Ufa! Finalmente falou algo que não fosse apenas um resposta curta e objetiva... E como faço para achar? Você pode me "guiar" até ela?
- Você só vai achar na hora certa. Se eu posso guiá-lo até onde ela se encontra? Bem, você já está onde ela também está.
- ... Cadê então? Não a vejo... Como faço para vê-la? Dê-me todo o material necessário!
- Bem, não posso fazer todas essas coisas ao teu modo, mas farei o que estiver ao meu alcance... Mas antes você deve se desfazer de tudo o que possui. Está preparado?
- Como assim?
- Ah... Você terá que abrir mão do seu reino, dos seus poderes, das pessoas que conhece... Da sua vida inteira, para começar uma nova.
- ?!
- Juro que não dói. É só abrir as suas mãos fechadas em minha direção. Quando fizer isso, estará pronto. Ficarei aqui esperando.

O jovem pensou... Pensou... Pensou... Não queria abandonar tudo o que tinha.

"Mas isso é injusto... ! Eu não quero perder meus poderes, meu castelo, minha Fênix... Nada! Nem minha bolsa sem fundo... Minha espada com 103 espíritos, minha armadura verde da floresta... Mas espere! Ah, sou um gênio! Tive uma idéia..."

Então o rapaz estendeu suas mãos abertas em direção ao Oráculo e um clarão tomou conta de tudo.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

3

E resolveu adentrar-se no portal.

Agora estava sentado em seu trono, em seu castelo...

- Rei, encontramos um para-sol mágico na bolsa de um andarilho... Acreditamos que ele tenha sido o próprio ladrão. O senhor quer verificar o que encontramos?
- Não, podem mandar direto para a princesa de Waddleeland...
- E o que fazemos com o suspeito?
- Levem-no para fora da cidade e joguem curry vermelho em cima dele... Assim ele será barrado pelo escudo mágico da cidade.
- Ok senhor! Até mais!
- Até...

Agora estava mais uma vez só em seu grande salão...

"Chega, vou sair daqui... Vou para a minha mansão de treinamento psíquico, meditar um pouco, ampliar meus poderes mágicos e tudo mais... É, acho que preciso de férias, vou deixar uma marionete minha em meu lugar, isso! Plano perfeito..."

E foi o que fez. Conjurado o clone, o príncipe empurrou seu trono para o lado e entrou na passagem secreta, um túnel, que o levava para uma parte inacessível de seus jardins, no fundo do castelo. No centro do jardim, havia uma fonte sem água. Ele criou água e colocou tudo na fonte. Foi quando um buraco temporário surgiu na densa parede que cercava o castelo, que existiria enquanto a fonte não absorvesse toda a água.
Fora do castelo, ele correu em direção ao bosque de sua cidade e usou uma porta escondida debaixo de trepadeiras para atravessar o muro do local onde reinava. Agora estava livre.

"Nossa, fazia tempo que não andava por esses campos... É impressionante como é tudo tão deserto por aqui... Ah, melhor eu calar a boca, é bem capaz que alguém apareça e me veja vadiando por essas bandas aqui... Daí é só atravaessar esse campo, o pântano e chegar enfim na floresta no pé da montanha... Moleza, já passei por coisas piores... Bem que eu podia ter um cavalo ou algo do tipo né... Ah! E se eu chamar a Fênix? É, é uma boa idéia... Cadê a minha bolsa de fundo infinito... No lo creo! Eu esqueci em casa... Sem a flauta ela não vem... Bem que podia ter telepatia né... Ah não, eu não vou voltar... Ai, que raiva! Eu quero minha mãe... Ei, pera... eu não lembro desse rio, como assim?"

E se aproximando das águas que corriam e atravaessavam o campo, o jovem parou e ficou observando. Algumas carpas brancas com manchas salmão, bigodes imensos e escamas grandes nadavam como se estivessem passeando em um shopping e parando para ver vitrines. Parecia que a corrrenteza não as afetava.

"Eu vou seguir essa jossa desse rio e ver onde vai dar... Nossa, ele sai do pântano... Que bom, é pra lá que eu tinha que ir mesmo... Mas não exatamente para aquela direção... Enfim...Mas meu, que estranho, eu deveria lembrar pelo menos da existência de um rio por aqui né, sei lá... Ai! Hehe, nossa, quase que eu caí de cara no chão agora... Também, quem mandou essa raiz estar tão exposta assim? Ai ai, não se fazem árvores de pântano como antigamen-"

...E caiu de cara na lama roxa do pântano. Preocupado em não engolir a lama que entrou em sua boca, o prícipe levantou com cuidado para não se afundar mais na lama e cuspiu tudo, ao mesmo tempo que já corria em direção ao rio para se lavar e fazer uns bochechos. Uns não, vários. É que a lama era meio venenosa e corrosiva. Sua sorte foi que ele era quem era, então o efeito não foi tão devastador, apenas criou umas aftas na boca e fez alguns buracos na roupa que usava.

"Que merda! Preciso de umas pomberries agora! Ainda bem que a natureza é sábia e no próprio pântano eu posso achar algumas... Tipo aquelas ali!!!"

E colocou umas seis pomberries de uma vez na boca, mastigando eternamente, como se fossem gomas de mascar.

"Nossa, esse caminho que o rio está me obrigando a fazer é demorado... Nem sabia que o pântano era tão comprido assim... E o mais estranho ainda é que as árvores estão cada vez mais diferentes... Ei... Pera ai... Nossa! Carai! Eu já estou no pé da montanha! Isso aqui já é a floresta! Nossa...Ah, bonito, não to nem um pouco afim de escalar essa montanha só para acompanhar as mini-cachoeiras do rio... Ah, ok... Vou gastar um pouco de magia vai..."

E, usando seu poder de água, inverteu o sentido da correnteza do rio e simplesmente deixou ser levado até o topo... Foi quando achou a nascente.

"Nossa, que... Olha, aposto que foi o que provocou essa rachadura aqui que fez nascer esse rio... Vou seguir o racho... ... ... ... Ah, um buraco com uma... Esfera roxa translúcida como se fosse um meteóro que caiu do além?"

domingo, 15 de agosto de 2010

Avesso

Quando o que nunca teve matéria está sólido. Quando uma orientação vale mais do que comportamento. Não seriam indicações de que a cruz está de cabeça para baixo?
Eu digo... Muito do mesmo é o que todos reclamam. Muito do mesmo é o que todos querem. O sentido já não é mais o mesmo. O sentido nunca existiiu. Mas todos buscam um sentido exato para o que temem não entender.
E os valores? O que adianta ter uma moral a se seguir se ela foi criada por imorais para controlar outros, que são iguais, e, assim, possuirem total controle sobre tudo? Já parou para pensar que tudo está errado e o que parece ser externo, na verdade, está para dentro?
E pior que isso tudo: se entregar ao cansaço que apaga a luz guia do caminho para a verdade. Pensar cansa. Se jogar em um sofá de idéias bem macio com um programa alienador passando na tv é bem melhor.
É uma pena que talves tudo isso que acabei de escrever sirva apenas como um arranhão leve no cérebro de quem leu. Mas não é por isso que não continuarei coçando.

sábado, 14 de agosto de 2010

2

- Tchau!
- Tchau, até mais! - disse o jovem, o personagem principal da história.
Estava voltando para casa depois de mais um dia de estudos.

"Mal posso esperar para chegar em casa e almoçar... Mas ah não, ainda vou ter que pegar o ônibus agora e... E depois do almoço tenho uma penca de tarefa pra fazer... Eu acho que quero dormir. Mas se eu dormir, vou perder tempo para fazer tarefas... Arg!!! Acho que vou me aposentar... Por que diabos a gente tem que..."

- Ai! Merda... - resmungou após tropeçar nele mesmo, dando uma olhadinha básica para ver se ninguém o vira em tal situação.
Depois de uns minutos de estado alpha involuntário, voltou a mergulhar em seus pensamentos:

"Aff, que cano ceboso desse ônibus! Imagina quantas mãos já não passaram nesse mesmo lugar, onde essas mão passaram antes... Melhor nem pensar, fingir que nem pensei nisso é melhor e assim continuarei me segurando de modo feliz aqui, se não eu caio no meio de uma brecada daí eu quero ver... Até aquela tiazinha ali no canto vai rir de mim... Nossa, olha a cara dela de sofrida... Ah, pelo menos seus olhos são bonitos... Mas o que faz ela ter uma cara de sofredora tão... Assim??? Aliás, por que todo mundo no ônibus sempre está de cara feia?"

E esboçou um sorriso, orgulhoso por não estar na mesma vibração dos outros e ter econtrado dentro de si mesmo uma felicidade momentânea que desejava transmitir para o resto das pessoas dentro do ônibus. Um homem que estava na sua frente, no lado oposto do ônibus, encostado na sanfona, olhou para o sorriso tímido do garoto de cara feia como quem dizia "que cara maluco, psicopata". Foi quando o herói apagou sua expressão facial e, as pressas, saiu para apertar o botão de "pare" do ônibus, batendo sua cabeça em um dos canos altos. Olhou para os lados para ver se ninguém olhava, embora de nada adiantasse essas olhadas, pois eram tão rápidas e tão vagas que nunca detectavam se alguém de fato o olhava. Era apenas para deixá-lo mais seguro, com a ilusória resposta de que sim, ninguém estava olhando porque ele não conseguiu ver alguém olhando para ele. Então desceu do ônibus.
Ao chegar em casa, se jogou na cama junto com a mochila. Ficou morto por uns 7 minutos, sofrendo deitado com a preguiça e resolveu encarar a comida que o desanimara completamente. O pior é que o desÂnimo nunca era o suficiente para deixá-lo sem fome, apenas não conseguia comer feliz a gororoba com a carne retorcida por conta de nervos e mais nervos. Quando enfim terminou de comer, foi para seu recanto: o banheiro. Com seus fones de ouvidos em cima da pia, quase estourando por conta do volume altíssimo, ele fingia que estava em um show w cantava e interpretava a música junto, enquanto escovava os dentes. Sim, enquanto escovava os dentes. E ficava muito tempo imerso dentro de suas fantasias.
Era no banheiro que havia o portal para uma dimensão paralela, a dimensão para todos os mundos criados por ele. Cada dia ele criava um novo ou visitava os já criados. É que normalmente, depois de cumprida a missão em um mundo já criado, ele era meio que abandonado. Deixava lembranças muito queridas, que gostava de relembrar. Mas o jovem simplesmente não conseguia voltar: era como se ele não amasse mais o mundo como amava ontem.
Eis que, acabado o show de entrada e a escovação de dentes, estava pronto para entrar no portal e continuar a aventura de seu último mundo criado.

"Ah, mas é que eu já terminei o que tinha que fazer lá... O felizes para sempre enche o saco depois de um tempo, preciso de uma coisa nova. Já sei, vou criar uma coisa nova..."

1

- Precisamos recrutar alguém. E rápido!
- Calma, não é assim que funciona... Calma que o Oráculo está quase pronto. Ficaria mais rápido se você ajudasse...
- Ah, tudo bem... Pronto! Agora terminou!!!
- Sim, terminou. Vamos enviar?
- Sim, mas como? Direto para a pessoa?
- Não, ela não merece isso.
- Então o que faremos?
- Apenas... Apenas enviemos. O resto acontece sozinho. O Oráculo vai achá-lo e vice-versa. Mais cedo ou mais...
- Já enviei então...
- Ok, que assim seja! Agora voltemos aos estudos.

0

Era o espelho e a face. A face perplexa diante de um abismo criado após o terremoto da verdade interior. Era assim como ele via o certas verdades: como um terremoto. Essas verdades não vêm ao caso. O que interessa era o estado lastimável do jovem diante de tal abismo. Estava a exatamente 5,73cm de distância da queda livre. E não sabia se pulava ou não para alcançar o outro lado. É interessante notar que nesse momento de reflexão intensa, ele está em seu santuário mais sagrado: o banheiro de sua casa. Sempre era onde tomava as decisões mais importantes, recebia inspirações divinas para a elaboração de idéias. Era o local onde tinha mais liberdade. Oras, podia até ficar nu e trancar a porta quem ninguém questionaria depois nada sobre nada! Enfim, voltando ao dilema irrelevante do rapaz... Foi graças a esse cataclisma em sua vida que ele resolveu pesquisar antes de decidir se pulava ou não.
Então voltou para o seu quarto e abriu a janela para o mundo: ligou o computador. Entre uma pesquisa e outra sobre a origem e resolução de seu problema, viu que o buraco era mais embaixo, e mais e mais e muito mais embaixo. Isso o incentivou a meditar. Pronto, descobriu um universo novo. Meditar... Nunca tinha feito isso antes. Nem sabia como se fazia, nem sabia se fazia certo. Mas meditou. Então resolveu pular. E não é que deu certo? Só não havia se tocado que haviam mais rachaduras provenientes do terremoto, que mais cedo ou mais tarde ele teria que pular. Ainda bem que tinha a internet como guia. Pena que esse guia não é muito confiável. Pena que conforme o tempo foi passando ele acabou tomando outros caminhos para desviar de buracos com amis frequência. A semente plantada naquele dia do espelho já havia germinado e começava a crescer, não havia morrido ainda. A mudinha estava apenas adormecida.

-1

Acorda. O Sol bate na janela fechada e indica que mais uma jornada diária deve ser realizada. A tentação da rebeldia é muito grande, mas as águas frias esperam a alma cansada. Depois de lavar-se, anda como uma pessoa agora em direção do que lhe sustenta. Ingere toda a lactose e volta para seu santuário para outro tipo de purificação. Quando o ritual se completa, quer dizer que a trilha deve ser seguida, rumo ao conhecimento. A aprendizagem já começa logo no caminho: sentidos passivos e locomoção ativa. Ativa e ilusória. Tudo ilusão na verdade ponto
Ao chegar no ginásio de estudos, vozes, livros, computadores e um monte de interferências atravessam como uma onda quente molecular toda a armadura de carne do espírito, que se adequa ao ambiente com uma armadura de gelo. Um gelo frágil, que derrete na presença de alguns que emanam certos raios de comoção.
Acabada a sessão que é tomada como certa no roteiro, os letreiros passam conforme a volta para o monte de seu templo é realizada ao som de passos inseguros. O que viria pela frente dependeria do dia, dependeria de muita coisa, de tudo. Só continuaria então as missões que já começara ou começaria, como se a verdade de um eterno presente fosse nula e nada mais importasse se não a ladainha que preenche as lacunas de uma vida inserida na tal sociedade.
Agora... Quando iria aprender esse pobre deus a aprender de verdade? Ele sabia o que estaria por vir? O terremoto que abalaria sua vida? Estaria ápto para iniciar sua epopéia fantástica? Quem era? Seria digno de realizar tal tarefa? Se você que está lendo isso deu uma resposta para todas essas perguntas, é melhor rever os seus conceitos. Não que estejam erradas, mas você, de fato, não sabe nada. Se você deve se preocupar? Não. Apenas acompanhe o ser dessa história em sua procissão e talvez você descubra alguma coisa. Apenas um aviso: nada do que foi visto até agora tem a ver com o estilo do que surgirá em um possível futuro e o inesperado reina sobre as mentes dos desavisados. Por isso... Preparem-se!

sábado, 7 de agosto de 2010

Die Tour

E ele cantava no banheiro. Cantava o mais alto que podia. Sem se dar conta que a vibração de cada nota efetuada se estendia rumo ao infinito, ao centro do absoluto. Era a mesma frequência de sua essência. E apenas cantava e dançava, no único lugar onde se trancava e era livre. Pelo menos é o que o pobre achava. Mas não podemos contar a verdade para ele, se não acaba a graça e ele pode acabar tropeçando em seus shows diários entre um banho e outro durante a semana.
Quando olhava para o espelho embaçado, via o que queria ver. Via tudo deformado. Tudo percorria em direção ao chão, caminhando sempre nos caminhos que as gotas faziam. E o vapor começava a sufocar.
Apenas ele entendia o que escrevia com o dedo no espelho. E tudo começava a se apagar conforme ele olhava. Então escrevia novamente, ou desenhava mesmo, outra poesia sobre amores platônicos, completamente desconexas uma com a outra. Completamente desconexas com a vida. Não havia uma história só, eram várias fábulas diferentes umas das outras. Todas inacabadas. Todas em um mundo onde não havia sombra de seres humanos, onde a luz era maior.
E o show não parava. Entre uma música e outra, entre uma coreografia e outra, que constituiam um show sem tema e caótico, haviam as pausas eternas onde o cantor se mergulhava em um mar profundo de água azul marinha. Isso tudo lá dentro do camarim. Era uma água que paralizava. Congelava. Envenenava. Queimava. Dava sono e confusão.
Nessas pausas ele encontrava-se consigo mesmo. Ele tentava se abraçar, se beijar. Nem sabia porque, mas tentava. Então partia para semelhantes quando o efeito pertubador passava. Mas todos só relembravam o amargo suor frio que escorria de seu corpo pálido quando estava atrás do palco.
Então, mais que depressa, corria noevamente para saudar seus fãs, que nem lembravam quem ele era. Nem nunca souberam. Ele havia se esquecido de alcançar o sucesso para se promover. Mas enfim... Novamente cantando, percebera que precisava de mais gente. Queria alguém para a sua banda. Então ele ligou assim que saiu do banho para uma pessoa muito querida. Era a guitarrista. Como ele não tinha pensado nisso antes? Afinal, fazia tanto tempo que não se viam... Tanto tempo que não se divertiam. Que não tocavam juntos.
Foi quando, em um show, agora em outro lugar que não o banheiro, havia começado. Foi o show mais comprido da vida dele. O mais bem sucedido. Mas ele não estava satisfeito. Queria mais. Precisava de um fã clube, alguém que lhe amasse e não fosse de sua família ou um velho conhecido.
Então ele resolveu se produzir para sair em público, junto da guitarrista. Foram promover a banda e seu trabalho, distribuindo panfletos tanto feitos de papel quanto panfletos que viajavam na velocidade da luz de um canto do mundo para o outro. Bateram de cara. Ou melhor, ele bateu de cara. A guitarrista já estava casada com ela mesma, não precisava de outra pessoa. E ele só tropeçava e insistia em sentir a dor, em não abandoná-la.
Arrasado, ele volta pra casa. Ele volta para o banho. Para a sua sauna particular. Seu show particular. Quando percebeu já estava de banho tomado, em seu quarto, apenas de toalha. Sozinho. Sem apoio, apenas sobre seus pés, na frente do espelho, imerso no vasto ar que pesava sobre sua cabeça, incomodado com o suor que desvalorizava o banho que acabara de tomar, pertubado com a visão que tinha. E, com toda a sua inocência, falou para si mesmo "foi o melhor show que pude fazer". Deixou a toalha cair e se atirou na cama, para só acordar no outro dia.
Ele só continuava quando batiam palmas. Mas o público não percebeu qual era a dele. Seu som era pesado de mais. Era também feliz de mais. O povo é mau e não quer saber. Jogam tomates mesmo. E não são músicas sobre o seu mais frágil eu que vão tocar a alma das pessoas. Talvez esse não seja o tema do seu show. Talvez nem ele saiba ainda o tema de seu próprio show. Vamos apenas continuar observando para ver se ele descobre. Se ele consegue encontrar sua liberdade na verdadeira música.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Tempo

E minha criação estava completa, correndo pelos campos floridos. Mas correndo com uma malícia em seu rosto. É que fugia de mim. Fugia por toda a sua eternidade. Era a criação do século, talvez do milênio. Na verdade, era a criação que duraria toda a sua vida - e que nunca acaba.
Era como uma revolta sem fim essa fuga. Acabei desperdiçando todo meu tempo, correndo por desertos, cansado debaixo do sol escaldante e da tempestade de areia das ampulhetas enfileiradas, formando uma linha no horizonte do deserto ilusório. Acabava de se iniciar uma escravidão de uma ilusão criada, criada pelo criador que gosta de correr atrás do que cria, esquece que na realidade essa busca pelo que foge está toda errada. A partir do momento que se gasta toda essa energia na perseguição de um ladrão, fruto de quem o persegue, há algo errado. Muito errado.
Esse erro serve como um tapa olho para o caminho certo, que leva para um campo onde a grama é mais verde e nunca envelhece. Apenas se desgasta. E isso é muito possível, basta apenas ter foco no que é certo.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Anonimato

O anonimato alheio. O encontro de vidas vividas por outras cruzadas com a própria vida, mesmo que seja um cruzamento opaco, triste e de mão nos queixos. É quando observamos um olhar perdido mirando além da paisagem que se vê através de janelas. Paisagens que se movimentam e, mesmo assim, não tiram o foco do sofrimento de quem enxerga além da paisagem.
Também a há a situação de esbarrarmos nossa aura com a de terceiros em passos indiferentes em lugares aleatórios. Passos esses que guiam uma vida, mas nunca mais que isso. E todas com um ar de individualismo, de que não notam outras vidas e, se notam, notam apenas a carne que as revestem. É tudo passageiro.
Teriam parado pra pensar, ou melhor, teriam pensado enquando andam em direção ao destino (conhecido apenas por quem quer chegar nesse destino, e a ele foi atribuido) que é possível haver mais vidas como elas? Não iguais, porque isso é impossível, mas com a mesma essência que é a de ser uma vida? Que roupas, comidas, trabalhos, famílias e amores diversos e inimagináveis existem paralelamente a sua vida, que não é mais especial que outra pois vive assim como qualquer vida vive?
Sim, toda vida tem sua própria vida, que é vista como particular e que nenhuma outra vida tem nada a ver com isso. E assim forma-se a camada de gelo expresso ao redor da vida de hoje.
Como é possível haverem mais vidas que vivem assim como a vida única de cada ser? Será que uma vida consegue imaginar como é viver a vida de outro? Como imaginar algo que nunca foi visto? Nunca foi... vivido?
O mais engraçado e triste ao mesmo tempo é quando uma vida se identifica com outra sem ter ao menos conhecido-a. É tudo muito louco. E melancólico. Aliás esse estilo todo de se viver e reparar nas vidas alheias é muito alternativo. É ter encontrado uma alma humilde e cheia de alegria, ou ardor carnal que atinge uma linha sublime de inocência e logo vibra na mesma frequência do que se é identificável. Do que nos parece próximos pois nos entendem. Ou pelo menos nós as entendemos.
E o adeus, o inevitável adeus, vivido por todas as vidas quase todo dia. É muito triste. Ou para os mais insensíveis, é apenas mais um adeus. Para os que não reparam na beleza que é viver e de se ter uma companhia nessa jornada.
Agora, para os que se apegam... É como parir e ter que doar seu filho. Já faz parte de você. Já faz parte da vida. Mesmo que anônima, que mais uma, é mais uma vida que está na sua vida, ela contribuiu para escrever a linha do exato momento em que o encontro de duas dinvidades se encontraram. Mesmo que inconscientes. Mesmo que sem querer.
Pior que o adeus é a indiferença. Pronto, daí o mundo já não tem mais sentido. Sua vida fica feia, fica bamba. É que a vida dos sensíveis é fraca, precisa se agarrar nas outras, por que não, nas insensíveis, para continuar. E depois cair novamente.
Adeuses e tropeços são inevtáveis nessa fascinante e solitária vida, onde todos parecem estar mais ocuapados e com mais problemas que você, mais sofridas. Ou vice-versa. É, é o que normalmente acontece, achamos que ninguém consegue imaginar como é a sua vida e sente que deveria expô-la para todos. Por que não registrar sua vida em vídeos e lançar uma série com elas? Faria muito sucesso não? Não sei a sua, mas a minha faria.
Agora deixe-me viver a minha e volte a caminhar para onde ia. Nosso tempo acabou.

Névoa amorfa e invisível que esconde tudo que tem um real valor

Um dos maiores erros que a humanidade vive cometendo é o de enxergar um átomo. É entender um átomo. Além de ser um erro, não tem graça. Perde-se todo o sentido quando se tenta. Sentido de ser, sentido de estar. E aquele famoso vazio, que nos é íntimo e muitas vezes achamos que é pessoal, preenche até transbordar um corpo sem matéria, um corpo desfigurados pela própria ousadia de querer desvendar o átomo e seu mistério. Mistério esse, que nem é exclusivo do átomo e vive escondido, atrás de moitas, pedras, nos bosques e nas gotículas de água presentes no sereno. A perfeição do desconhecido conhecido por todos.
Esse desconhecido é único e ubíquo. É a essência da água, é a canção da natureza que ressoa como a brisa que se espande para o universo e seu vasto infinito. Infinito porque não se sabe de nada. A partir do momento que se sabe tudo, tudo já não existe mais, nem que tudo sabe. A excitação desaparece e tudo o que citei anteriormente também. É tudo vão.
Mas sabiamente, vários muros foram contruidos para impedir que esse apocalipse chegue algum dia. Se ele chegar, será de outro modo, mas nunca porque um infeliz deteve toda a informação que desejava. Ele sempre será infeliz e morrerá em outro apocalipse caso não mude sua filosofia e simplesmente sinta os números que calcula, beba toda sua soda cáustica e leite de magnésia com cobertura extra de células e seus DNAs. Enquanto produzir todo esse armamento em busca do proibido que faz o fluxo cósmico girar, o infeliz semrpe será infeliz e ponto. Se quer mudar, o primeiro passo seria conformar-se.
Agora, também não é porque temos raiva ou dó do infeliz, cego pela sua sede de experimêntos que desafiam o próprio mistério, que devemos rotular (aliás, outro grande erro da humanidade) a vontade sadia de vestirmos uma capa, chapéu e uma lupa. Essa nossa fantasia, que nasceu no mesmo dia que alguém nasceu, não passa de uma fantasia. Não nos tornaria um profissional. Não nos torna Deus. Logo, ela é saudável. Aliás, é recomendável que se use-a! Pena que nem todos notam que dentro de seu baú existe tal roupa. E pena que alguns que notam, já querem trocá-la por outra de cientísta e depois uma fantasia falsificada de Deus.
Acho que a mãe desses últimos não educaram seus filhos direito. Não colocaram limites. Apenas mimaram e mimaram e mimaram... Quando viram, já eram monstros! Isso que dá, comprar fantasias falsificadas... Pirataria é crime! Se não se pode ter uma fantasia dessas, então que não a tenha! Essa mania de querer possuir o que não pode, na agridoce ilusão de que é mais malandro e que tem o que se quer... Apenas ilusão... Apenas contribuição para um crime maior, um crime que não se vê. Crime semelhante ao de tentar desvendar um ovo, sua mãe e seu conto. Só que esse último é pior. É o erro humano que estava falando sobre antes de começar a explicação sobre as fantasias.
Agora um vazio preenche minha mente e a torna vazia. Perdi a linha. É como uma sala cúbica, toda branca e impossível de se codificar. Ela mexe um pouco suas arestas e a área da superfície próxima a elas. Foi o que passou pela minha cabeça. Assim como uma pomba branca passa pelo céu azul com núvens. Tudo tão mundano. Tudo tão cheio de máscaras já usadas em outros tantos carnavais... Também frutos de humanos. É tudo parte de um código que só faz sentido para quem o criou. E que na verdade é uma farça, cobrem com seu véu refletor todo o resto, toda a nudez existente no ser e estar puros. O que é bruto já está lapidado. Já não tem mais sua função de simples pedra bruta, feia. De pesar sobre o solo, de rolar tortamente devido a suas perfeitas formas deformadas. É tudo tão perfeito. E não se sabe o motivo da perfeição de tudo e nem como foram para onde chegaram, onde estão e onde sempre estiveram. É o mistério a não ser desvendado. Porque, todos que são felizes sabem: nem tudo foi criado para ser descoberto. Não do jeito que se pensa que deve se descobrir. Esse jeito errado que todos acreditam ser o certo, não passa de uma ilusão de uma vida fútil na tentativa ridícula de se aumentar o que já está grande de mais. De que jeito então? Como se descobre de maneira correta se o modo que sabemos é errôneo e sem saída? Bem, isso é segredo. E esse segredo é tão bem guardado que nem eu mesmo sei. Ainda estou procurando com a minha lupa. Mas não do mesmo jeito que os infelizes a usavam: a lupa deve ser usada com o terceiro olho. Só assim se descobre o caminho até o fofoqueiro que contará o segredo, a Verdade Absoluta.
E os que a conhecem não contam a ninguém. Não pode, é pecado! Nem Deus pode contar para alguém, mesmo que em forma de inspiração ou milagre, porque é pecado contra ele mesmo! Pecado contra quem descobre o segredo sem antes ter investigado as impressões digitais e pegadas do fofoqueiro. Pelo menos eu sei onde ele mora: na caverna mais profunda do organismo de quem procura. Talvez no estômago? Não, muito sujo, ph muito baixo, estofado de pecado. Talvez o miocárdio ou o cérebro. Com certeza em algum lugar onde haja algum centro magnético vital. Talves em todos eles. Talvez na união de todos eles junto da inocência e real felicidade de apenas sentir e provar um pouco do mistérios que nos rodeiam, esses safados indecifráveis que fazem questão de nos iludir. Nos fazem acreditar que devem ser encontrados, como uma brincadeira de esconde esconde. Mas na verdade estão em esconderijos de terroristas. Pelo menos sabemos seus nomes. Sabemos que estão mais perto do que imaginamos. Mantemos relações a longas distâncias, contato telepático - outro enigma porém mais palpável.
Quando o momento certo chegar, o encotro tão esperado acontecerá. Forçar algo antes da hora pode ser trágico. É como parir um bebê com uma barriga de apenas 2 meses. Certeza de que não vingará. Mas para que a pressa? O caminho é tão bonito, há tanto do que se quer conhecer no caminho... Quer coisa melhor do que observar o tempo todo o que se deseja conhecer? É como um safari com animais selvagens - mistérios selvagens. Tudo é mistério. O mistério é tudo. Só é trevas quando não se deseja desvendá-lo. Só é apocalipse quando é desvendado. Se não o sentido criado por eles mesmos some. Eles são Deus. Deus é o maior mistério. Deus é tudo. E tudo é uma coisa só. Que serve pra quê? Para onde vai? Ah, esse segredo... O próprio tudo tenta desvendá-lo até hoje. Eu acho. Chute meu. Nem sei de nada. Só reflito enquanto busco algo.
Seria eu um espelho do mistério? Ele me vê como sendo ele? Seria eu entao um mistério? Ou, pelo menos, como um instrumento que o reflete? Qual é a função de um espelho? Qual seria o reflexo de um mistério? Seria amorfo e transparente? Ou isso é apenas um mito? O que são essas perguntas? Onde estão suas respostas? Isso é mistério? Isso é o reflexo do mistério, existente graças a mim, um agente refletor de sua imagem? Qual é a dimensão de tudo isso?
O vazio me bate novamente. É um choque. Dessa vez mais rápido. É aquele velho e conhecido vazio lá, sabe? O mesmo de quando perguntamos por que estamos aqui e... Ah! Seria o vazio o resultado da reflexão de mistérios que, por serem impossíveis por excelência, dão o vazio em formato de resposta? Seria o vazio a única resposta possível e tangível ao pensamento terreno? Ou, como um feitiço, apenas um artifício para ocupar nossa mente com o vazio e desviar nossa atenção para que assim nunca alcancemos a verdadeira respota? Seriamos dígnos da resposta certa?
Nos restam palpites, teorizações e a vontade de aprender o que está ao nosso alcance... Mesmo que nem tudo o que está ao nosso alcance faça sentido.
Acho que caminhei para um caminho muito iluminado. Voltemos para a neblina mais escura, onde os mistérios saem para brincar e onde o aventureiro pisa no desconehcido... Pronto. Assim é mais divertido!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Si mesmo

Não consigo parar. De repente nasceu uma fome de pensamentos que eu devoro e depois tenho que regurgitar tudo. A fome não surgira antes porque eu era desconfiado. Inseguro. Era perdido, buscava a luz nos outros que, na verdade estão todos no mesmo nível, ao mesmo tempo que em níveis diferentes. Acho que é só a linha que estão que muda, só o material que usam. Não há um melhor.
A diferença é que os que estão firmes sobre as suas próprias núvens têm liberdade de escreverem o que que que queiram. Eles permitem serem livres, deixam seus pensamentos baterem asas. Quem gostar, gostou. Quem não gostar, não gostou.
Eis que surge o conceito de que o que parece ser mais articulado merece mais respeito e é digno de um título de nobreza. E os que não gostaram são entitulados de incapazes. Só porque não conseguiram acessar a mente estranha que lhe foi imposta ou que resolveram se adentrar por conta própria. Uma aventura de última hora, uma experimentação.
Não existem mentes mais enigmáticas que outras, supondo uma mesma escala para todas. São apenas diferentes. Algumas se dão bem e outras não. As que não se entendem, não se entendem. É isso que acontece com alguns ditos burros. Não são burros. Apenas não estão na mesma vibração do que condenam. Ou dos que os condenaram, o que dá na mesma em muitos casos.
Então se você reclama que a frase mais idiota seja aclamada por muitos porque são de autoria de pessoas já aclamadas por muitos que os entendem - ou apenas admiram e/ou fingem entender - e que se você escrevesse uma merda muito grande seria metralhado, por certo será. Não se pode nem mesmo pensar dessa maneira, apenas deixar ser o que se pensa e o que se é, sempre de cabeça erguida e voltada para para si mesmo.
Não me estenderei e nem explicarei melhor o que quero transmitir porque já sinto que acabei de soltar um segredo que eu não deveria ter soltado.

Buquê de narcisos

É tudo muito triste quando o que aparentemente era original e apenas seu já é de outros. Quando extenções metafísicas de seu pensamento tocam a mente de terceiros, espalhados pelo mundo, antes mesmo de serem criadas, ao mesmo tempo ou posteriormente, divulgando suas mais íntimas teorias. É um espanto saber que o que era particular, sempre foi público. Mas também é reconfortante, porque mostra o tamanho do exército que está do seu lado na batalha da vida. Mostra que ainda há esperança e que a sensibilidade não é algo exclusivamente seu. Até porque ela existe em diferentes níveis e de diversas formas. Então nem sei como posso estar escrevendo isso se não sou ninguém mais sensível que outros sensíveis para sentir o que não é apenas meu, não tem uma maneira só de se sentir.
Apenas espero que todos continuem suas jornadas de desabafos e continuem a se identificar em outros, por mais que nosso lado egoista fique rebelde e cruze os braços. Vale a pena receber a luz da comapanhia na jornada de se mudar o mundo. Mesmo que meu narcisismo quisesse que eu fosse a única flor com tal essência.
Inspiração de escrever não sei o quê. Queria estar grávido para ter um desejo fixo em minha mente e simplesmente perseguí-lo insaciavelmente até afogar meus olhos em palavras que dariam orgulho.
Nesse momento a inspiração vem como que imediata, na mesma frequência e agilidade que os pulsos nervosos de meus neurônios. E ao mesmo tempo em que cada palavra nova do que escrevo surge no nada, da própria inspiração.
É tudo tão inútil ao mesmo tempo que necessário. Essa vontade de expor um brilhantismo que me escapa como um vagalume, escrever depois de banhos de inpiração... Seria isso carência? Pena que o vagalume eu já perdi de vista. Terei que voltar a procurá-lo assim como um pedaço de banana cortada escondida debaixo de bolas de sorvete de uma banana split. Mas já repararam o quão melhor ela fica? É como se o doce do sorvete, misturado com a doce excitação da descoberta de um tesouro soterrado, elevassem o valor escondido, interior de uma banana. Uma simples banana. Uma fruta que é tão simples e abundante, passa despercebida... Não chega a ser a favorita. Mas é que seu talento é de se misturar com os doces. Doces... Tão nobres... Acabam destacando a banana sem graça. Banana essa que merecia, no lugar do morango, o posto de fruta que melhor combina com doces. Salada de fruta sem banana não é salada de fruta. Acho que é porque elá é meio sem graça, meio pepino, meio chuchu... E talvez essa seja a graça. E é isso que eu acho e pronto.
Depois de tal interrupção após o desabafo de uma paixão pela banana (seria isso um desejo? Estaria eu grávido?), voltemos ao que eu escrevia. A sim, a obra prima que está prestes a nascer. Acho que marcarei um dia para parir. Ou virá naturalmente? Ó dúvida cruel, por que insiste em me acompanhar o tempo todo, a vida toda? Deve ser a falta de atenção que tenho, mesmo que sem querê-la. Ignoremos. Pulemos tais galhos secos e prossigamos o caminho de pedras roxas em rumo ao maravilhoso reino de... Assombrações? Não, de promessas maravilhosas e inocências jamais desbravadas antes, virgens, puras e cristalinas como a fina gota que cai em um lago puro e transparente, quase que invisível dentro das cavernosas mentes congeladas. Da minha mente congelada. Talvez por ter esse clima é que alguns fantasmas se manifestem de tempos em tempos...
Apenas uma confsão básica. Enfim... Ah! E se soltasse das pontas de meus dedos uma epopéia épica? Tipo, uma aventura assim... Sabe? Aquela em que se tem um personagem... Já sei: um personagem sem nome. Não anônimo, muito famoso. Apenas não muito conhecido, mas que sente uma força bruta como diamante de explodir em idéias que choveriam anos e anos, inundando o mundo e obrigado a sociedade a construir uma arca, dessa vez não de Noé, mas sim uma arca da salvação. Pena que nem todos cabem dentro dela...
Reticências... Reticências... E reticências... E assim passa o tempo e junto as idéias que, de filme passam para palavras. Engraçado não? Normalmente livros viram filmes e não o contrário. É que as pessoas estao perdendo a capacidade de ler. Não de ler, porque isso muitos conseguem (não todos, o que é uma pena para quem realmente quer se inserir no mundo da cultura humana). Mas sim de leeeeeeerrrrr.
A partir do momento que a pessoa descobre o novo e substitui o antigo ultrapassado, quando se perde o recém novo e a pessoa se vê na obrigação de ter que utilizar o velho novamente, ela sente falta do novo e acha tudo impossível. Mas então como ela sobrevivia antes, quando o velho ainda era novo? Isso é ingratidão.
Engraçado como perdi a noção do tempo... Talvez porque ele nem exista de fato. É apenas usado para organizar a mente perdida do homem, que precisa criar coisas e coisas para dar sentido a sua vida solitária e sem sentido. Não que tudo nada faça sentido. Não que esse texto e quem o lê sejam apenas icógnitas descartáveis inseridas dentro de um gráfico infinito. É que dá muito trabalho explicar para quem não quer entender qual é o verdadeiro sentido, a resposta de tudo, a Verdade Absoluta. Ela que corra atrás se estiver interessada.
Nesse ponto, esse de aqui, agora, já é corajoso quem nele chegou e se atreve a ultrapassar. Muitos desistem antes de começar, quando se dão conta da extensão do caminho que teriam que percorrer. Mas você que lê isso, isso mesmo, essas palavras aqui, já está no final e por isso meus parabéns. É uma pena que nem sei quais e quantos foram os heróis que chegaram até o fim e aqui estão. Talvez nenhum e o mal reine e viva feliz para sempre. Enfim... Apenas me despeço e oferenço-lhes, como prenda, minha hulmide gratidão e esse texto que acabou de nascer. Falta só um nome, que ainda não me decidi qual será. Será o nome que o mundo quiser que ele tenha. E que assim seja. Amém.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Paralizia de teorizações

Quando a obra prima de um artista encara nossos olhos. Quando, como um vampiro, suga nossos olhos e cérebros. AS vezes até nossos corações e almas. Quando apenas um fio de saliva sai de nossas bocas refletindo todo o brilho da obra. Uma assassina de elite, uma mística com poderem inimagináveis, desconhecidos pela própria obra e seu criador.
Mas essa ausência de pensamentos momentânea seria apenas o fruto de uma ilusão? Ou realmente há uma programação por trás de tudo isso, com códigos nunca vistos antes?
Um vazo moderno com uma uma única flor morrendo, em um espaço amplificado pela junção de todas as cores luz e um bilhete ao lado com a assinatura do ícone da arte contemporânea. Logo a imagem se mistura com núvens produzidas pela mente doentia de quem a observa e resulta em um mundo pós apocalíptico de design incompreensível. Ou talvez, em outra dimensão, seja apenas a representação de superficialidades presentes na sociedade atual e suas exigências e desenhos inexistentes na natureza, condenada pelos humanos.
Agora queimemos o bilhete com a assinatura e penduremos a imagem na parede. Deus intereveio para que o assassinato não ocorresse e o tranformou em um siples assalto de meros segundos? Que diabos tuod isso quer dizer? Não há mais sentido ou eles está apenas brincando de esconde escode e o observador simplesmente cansou de procrar?
As vezesm quando olhamos uma melancia, verde por fora, mas começamos a girar as engrenagens de nosso crânio e todas as memórias associadas a uma melancia nos fazem lembrar de que ela é vermelha também, uma cascata fria sai de nossos poros dilatados e inundam nossos pensamentos de coisas desnecessárias. Afinal, o que se vê é apenas uma fruta verde. Uma grande fruta verde. E ponto. Não é o intuito da melancia revelar seu interior. Cabe apenas a nós criarmos teorias e buscar nossos conceitos e verdades.
Se ao invés de suculenta e escarlate por dentro houvesse um abismo obscuro com monstros de contos infantis e sementes assassinas, prontas para desenvolverem-se dentro da barriga de terceiros? Como saber a verdade, sabendo da indiferênça da melancia?
Simples: ou acredite no que acredita ou arranje uma faca e a corte. Problemas acabados. Óbvio que é bem mais legal criar e discutir com outros a respeito, mas se sua sede de saber o que o Criador pensou na hora da criação, exatamente, vírgula por vírgula... Busque sua resposta!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Desejo

Ah, o amor. O desejo do belo. O que é belo é o remédio saudável de uma carência infinita e própria de todos. Ainda bem que beleza é relativa.
Se para alguns um simples buquê de flores dado por uma única pessoa durante toda a sua vida pode significar mais do que um diamante, para outros os flashes ubíquos direcionados para a estrela que se é, aparenta ser ou ainda deseja ser, valem mais até do que as cédulas que possui dentro de seu mundo não muito profundo. Qual tem mais valor?
Mas isso tudo trata-se ainda de um plano mais sublime de beleza. Se a parte física que é de interesse dos que leem esse texto, não é preciso nem comentar a diversidade existente no catálogo pessoal de cada ser vivente. Cada um frequenta seu restaurante favorito e come seus pratos favoritos. Lógico que alguns terão gostos parecidos, mas as chances são as mesmas que de coincidências rotineiras. Portanto, como o amor pela anatomia alheia dispensa comentários, prossiguemos com dicas para como manter uma vida saudável para todos que não sabem o que pedir para a vida depois de tudo o que leram até agora.
Não se pode denunciar o restaurante de um amigo simplesmente porque ele entra em êxtase com o estoque que possui. Isso não é da sua conta se você não o frequênta, deixe para que a vigilância sanitária faça alguma coisa, se é que ela pode fazer algo. Lembrando que ainda se trata de um amigo. Como usufruir do estoque de um restaurante cujo o único cliente é o próprio dono pode ser um crime? Na verdade isso nunca foi um crime, até porque, mesmo se houvessem mais clientes e o dono quisesse os manter, bastava comprar mais estoque para eles, porque se não ele não teria comida para sua clientela. Óbvio como uma pera. Estúpido como ketchup.
E esse amor todo, quase que incondicional que sacia seu desejo mais ardente, seja no plano físico, mental ou espiritual, apenas deve ser o que é e deve ter permissão para que molde o corpo carente de quem tem o dom de desejar.
Para finalizar, como um excelênte nutricionista que sou, deixo aqui uma dica: evite abusos e busque sempre uma alimentação saudável, quase que divina. Go after your shiny apple from heaven and you won't suffer and fail. Apenas permita-se engolir tal alimento tão gratificante. Se quiser, óbvio.

sábado, 17 de julho de 2010

Fama

Cabeça baixa com olhos nas sombras, mas que tudo veem em seu caminho. Caminho incerto para um local conhecido: rota rotineira que sempre é imprevisível, assim como todo o despertar cotidiano de uma vida.
Antes de partir pensa em sua farda monocromática como alternativa de sua marcha majestral, mas opta pelo indesejável, tornando-o um improviso perfeito. Tudo fica perfeito e vira tendência.
A confiança em forma de passos, a ação, o verbo que, apesar de não ser divino, guia um caminho aleatório de uma alma que acredita em seu trabalho. É também uma cortina recém obtida após inspirações de horas de leitura, de um despertar para um plano maior.
E com tudo nos eixos, o trem em seu trilho, o destino apenas corre na mesma velocidade que os slides de um filme, o filme do universo. Aquele que é uma coletânea de todos os outros. Inclusive do que está sendo registrado aqui, agora.
Já na passarela de encontro de várias energias, onde papéis coloridos compram ouro e almas, a trupe de deslocados enfim se une e desfila até sentar em um ambiente com criaturas hostis, coloridas e onde há um espetáculo principal de entertenimento que rouba a visão de todos. Pelo menos em teoria.
Após tal Deja Vu por parte de alguns, carboidratos e proteínas, porém muito mais carboidratos, são atropelados por palavras no cruzamento. O esquema de sempre: frases saem e nutrientes entram, pulando na piscina de suco gástrico. Mas junto das frases, aqueles produtos de cócegas também flutuam na atmosfera e são o verdadeiro espírito de todos. RS.
A próxima invasão foi na casa dos contos e informações. Então uma viagem passando por códigos penais, arte, espíritos, design de jóias, pornografia e psicopatas só acaba quando a lua apita. Eis que surge a brilhante idéia de, no caminho de volta para casa, registrar o momento épico de glória em forma de rock pixelado na janela de uma maçã comida, seguida de um trovão na porta que se encontrou com a caixola do desmiolado. Único pensamento: será que isso estragou seu melhor acessório?
Um pouco mais de pornografia verbal e o encontro com os paparazzi acaba. Volta para a limo de cabeça erguida. Mas amanhã tem mais. O show nunca acaba. Muito menos a fama de quem o produz.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Foco

Expandindo o coração e mente às estrelas, onde o infinito é mais azul, há um fluxo a ser seguido que, o tempo todo, deixa brechas, só percebidas por aqueles que às procuram. Eis que os que as acham começam a cair no espaço, na aleatoriedade, no vazio e a lupa de seu terceiro olho embaça.
Objetivos sem motivos e em forma de algodão doce são dispostos em rotas distintas no lugar de núvens de verdade, criando ilusões. Artifícios para não ver o caminho cheio de obstáculos são mais saborosos, mas saibam que é tudo artificial, pois o suco extraido de contorcionismos e esquivas são divinos. Só não é divino nesse mundo ir para a direção errada quando se conhece a certa.
Ter fé sempre nas atitudes científicas da vida tomadas é a melhor opção que o livre arbítrio pode proporcionar a alguém. Apenas marche para o destino final que escolheu após essa meditação coberta de razão e consciência e esqueça os enfeites de porcelana que o seu amor sem valor lhe deu ou as festas super legais onde o sociômetro individual aparentemente aumenta... É tudo superficial, efêmero e quebravel.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Momentâneo

Quem procura acha: essa é a moral da história. Que história!!! Não entendo nada mas sei que faz sentido. E isso me encanta!!! Tento encaixar as pessas.. Me dá igual... "Isso é espanhol"... E o desespero vem: como vou prosseguir? Cadê o apoio??
Ainda bem que inspirações e estudos estão aí. Livros e mais livros, músicas e mais... Imagens? E por que não, de vez em quando, uma junção de tudo, tudo ao mesmo tempo? Ah, já chamam isso de vídeo... Mas e tudo isso junto? Ao vivo? É vida?
O que é, já é, o que não, não importa... Cria um sentido!! Coisa mais bonita que é criar, inspiração divina, arte... Tudo parte da linha do tempo insana, que sai de nossos ouvidos, nossas bocas e nos enrolam, nos enforcam até a última respiração... [Droga tropecei no planejamento, não fazia parte dos meus planos...]
Então é isso!! Que a ave dourada voe nos céus de nossas cavernas mais profundas e azuis, onde a água turva nos é cristalina e o caminho de pedras espaçadas nos levam à lâmpada mágica... Ei, isso é plágio!! Mas quem se importa? Não seria inspiração? De onde vem tal comparação? Menta criança que não tem o que imaginar, rasga tudo de birra só pra contrariar... Não desfruta da fruta mas a deixa apodrecer com o amargo veneno de uma mente infectada. Podre. Jogada pelos ares pela sociedade rejeitada e ditadora.
Salve mais uma vez a rainha!!!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Escuro

Engraçado como a ausência de luz pode acabar com a sanidade de alguns. Causa um efeito, como que sintomático da irracionalidade, alterando comportamentos. Ao mesmo tempo que traz medo, pode trazer a coragem para a realização de atos covardes.
O medo está presente em todos os seres vivos. Antes do mundo ser mundo, junto com os outros instintos e sentimentos, o medo estava encapsulado, prestes a explodir com o surgimento do primeiro ser vivente com a capacidade de sentí-lo, há muito tempo. Ele fica maior quando está escuro, quando não se vê onde se pisa. A insegurança, o desconhecido são a alavanca pra o desencadeamento dessa explosão de suor frio, que escorre cada vez mais, exponencialmente, conforme se escuta um novo som, sente-se um novo aroma, toca-se um novo objeto, aprofunda-se no infinito abismo de ideias estranhas importadas da atmosfera absurda e hostil. Arriscar em um território desse pode representear um passo mais próximo da morte. E o que é a morte? Você tem medo dela? Você sabe o que ela é?
Agora, se toda essa densa neblina negra faz com que o ar e a mente fiquem pesados e imersos em mares profundos nunca navegados antes, moradia de monstros fantásticos, ela também tem poderes místicos. Ela encoraja e liberta alguns das piores amarras que existem. Servem como vinho em abundâcia, uma fonte infinita. Palavras vão, palavras vêm sem nenhuma sensura... Dança-se, canta-se melhor no escuro, onde os juízes são cegos e as regras não limitam seus atos, ações, pensamentos, danças e poesias. O retrato anônimo é a capa que faltava para o herói de agora. O herói que só existe enquanto ainda é escuro.
Em um mundo abismal onde o reflexo do número zero torna-se uma variável, tudo é permitido, tudo é intimidador, tudo é fascninate, tudo é caótico. Se esse uníverso ainda é estranho para alguns, tranquilize-se: ele ainda te engulirá um dia, com sua foice rápida e esperta. Então um dos personagens encarnarão no que se adentrar nessa aventura: o corajoso ou o medroso. Nesse caso, os dois são um só, isso tudo já não tem mais sentido então o que resta é apagar a luz e descansar.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Texto em video

Gente, eu fiz um canal no youtube na tentativa de transformar esse blog em um videoblog... É que muita gente tem preguiça de ler coisas (absurdo) e como meu objetivo é tentar alcaçar o maior número possível de pessoas, eu fiz o que fiz:

http://www.youtube.com/user/pensamentoabelistico

Assim como livros que viram filme, nada melhor do que o texto original... Mas a gente consegue se expressar de um modo diferente com videos, fazer coisas que não são possíveis com apenas palavras digitadas... Enfim...

Patriotismo FAIL

É engraçado ver como as pessoas, digo, brasileiros, muitas vezes desprezam sua nacionalidade... Julgam a cultura de outros paises superior, tentam seguir o American Way of Life, se transformar em falantes frios de linguas desconhecidas... Só enchergam coisas ruins em seu país de origem e nem fazem nada para tentar melhorar.
O Brasil tem tanta coisa boa: melhor comida caiseira no mundo todo (porque se tu tiver muito dinheiro e quiser comida boa, ouvi dizer que a França é o melhor país, mas nem creio aé), um dos melhores climas, as pessoas mais amáveis, animadas, criativas... Fora as coisas que caracterizam o Brasil lá fora: mulheres, samba, carnaval, praia e futebol (embora eu não goste... Enfim). E é justamente esse último que é o único capaz de juntar todo o povo brasileiro (o que eu a acho bom ao mesmo tempo que uma lástima).
O brasileiro (nem todos, não vamos generalizar) só pensa nisso, só vive por isso, mata por isso... Só gosta do Brasil (quando nele pois no exterior parece que ele lembra o quão bom era onde morava toda vez que encontra alguma referência de seu país de origem) quando é ano de copa e enquanto a seleção brasileira está ganhando... Porque se perde... Daí começa "porque nem pra isso o Brasil serve", " a única coisa em que o Brasil é bom e ainda consegue perder"...
Mano!!! Por que todos vocês ao invés de reclamarem não pegam aquela querida frase e digam "Mesmo assim sou brasielrio e nunca desisto!"? Não tirem a bandeira do carrinho de vocês, da casinha de vocês... Mantenham-na sempre erguida!! Tentem melhorar o país onde moram!! Façam o seu melhor para tornar o Brasil um lugar melhor!! Porque se todo mundo começar a trabalhar decentemente, honestamente e visando o desenvolvimento de onde vivemos, temos tudo para decolar! O Brasil tem tudo... Só não tem bons políticos...
"Tá vendo? Já era"
JÁ ERA NADA!!! Votem conscientemente, tornem-se os políticos de amanhã, façam a sua parte todo dia mesmo não estando no poder, não deixem que te corrompam... (Até porque esses políticos estão velhos e um dia vão morrer também rs).
Eu não entendo como a ganância pode chegar a fazer isso com uma nação... Sabe, tem muita gente por ai que só pensa em ter mais e mais dinheiro, roubar, roubar, aumentar o tamanho da fazenda, ajudar zilhões de parentes que brotam a partir de abiogenese... Pra que mesmo??? Se já roubou tanto, pra que continuar roubando?? Como alguém que pega o que não é seu, sabe, que foi conquistado com o trabalho árduo de pessoas que não receber um retorno merecido e usam para aumentar seu luxo??? Eu tenho pena de vocês e só rezo por vocês... O que me tranquiliza é saber que no final cada um tem o que merece porque se tem uma coisa que não suporto é injustiça...
Então se alguém ler isso (o que eu acho difícil, mó blog flopado aé), reflita por favor (PRINCIPALMENTE SE VOCÊ FOR UM POLÍTICO MAL AMADO RS)
E viva ao Brasil!!!
(Nota: gostar de outros países e usar frases, palavras e/ou expressões em outras línguas porque expressam melhor uma idéia não significa que você não seja patriota e abomina seu país aé)

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Golfada geral

Sinto coceira com clones moldados pela forma "descolada" criada pela massa. Fico enjoado com o veneno alheio e a relutância contra quem foge dessa forma.
Conversas vazias para aumentar a barrinha do status "social" são entediantes.
Pisos confiantes sobre um piso desconhecido me fazem rir. Pelo menos eu prefiro não arriscar. E os que insistem em cair em buracos dessas terras estranhas, que lhes são escuros, me irritam.
Incompreensão do que não lhe é familiar e condenação imediata de tal faz com que eu queira explodir.
Tenho vontade de quebrar com uma marreta as paredes de uma mente fechada.

Tive vontade de golfar o que me corroi por dentro.

domingo, 25 de abril de 2010

Diagnóstico

Acordar às cinco horas da tarde em um domingo eu diria que é um tanto quanto depressivo. Pior ainda quando se é rejeitado em seu próprio sonho.
Dominado pelo monstro pecaminoso, ainda precisa realizar tarefas mundanas para cumprir sua lista de coisas impostas obrigatórias.
O gelo que sobe do diafragma até a boca cria uma pele de galinha em toda a superfície de seu maior órgão. E estalagtites de gelo começam a pingar e cair dentro da caverna vazia dentro de sua cabeça.
Talvez essa perda de rumo seja culpa de eu viver com apenas metade do coração. Ele sangra de vez em quando e mess all up...
Dizem que num é preciso viver com um por inteiro, alguns conseguem. Tem como controlar eu acho, tem alguma coisa a ver com o cérebro and stuff...
Mas como a Culpa já dizia: eu sou fraco. Pelo menos nesse sentido eu concordo.
Acho que um pouco de atenção resolve meu quadro. Ou pelo menos ameniza. Quem sabe fama global???

domingo, 18 de abril de 2010

Louvemos

Louvemos nossos salvadores!!!
Louvemos Silvio, Silvão
Louvemos Lei de Newton, Lady Gaga
Louvemos Alienação, Liberdade
Louvemos agora, esse fim de tarde!

Agradecendo por tudo e por todos, que a rainha vire princesa!
Compreensão para todos!
Para que todos sejam salvos!
Permitam que os herois transformem o mundo
E assim seja! Louvemos!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Advertência

Aviso: insegurança pode causar invisibilidade momentânea e expontânea... As vezes isso é bom... Outras não. Na maior parte das vezes é péssimo.
O engraçado é que nesse caso os cadeados são os culpados. Fazem o papel inverso (saca o jogo de homônimos rs). Nós mesmos os fechamos e nós mesmo temos que abri-los, se queremos liberdade. É que as vezes as chaves estão guardadas sobre proteção dos outros. Proteção estúpida, tudo criação daquela rainha que comentei outro dia (www.twitter.com /fikdik). Salve a nossa rainha eterna!!!
Será que um dia será desbancada? Acho que enquanto o homem for homem não... Ele adora essa rainha... Eles devem ter algum caso (e viva a safadeza também!! Rs).
Bem... Eu pelo menos já descobri onde está a minha chave. Falta só coragem pra pegá-la. É que não sei se quero segurança... Ela atrai holofortes... E existem muitos Mark Chapman por ai. Não que eu tenha medo, mas meu papai diz para eu ter cuidado com estranhos rs.
Se bobiar tá bom assim... Um cadeado de vez em quando é bom. uma porta aberta o tempo todo não tem controle do que sai e do que entra.
Sono. Caso eu esqueça de algo, comento depois com algum título bem nada a ver.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Autodestruição

Wikipédia: "A ignorância se refere à falta de conhecimento, sabedoria e instrução sobre determinado tema, ou ainda à crença em elementos amplamente divulgados como falsos." (Será que essa informação é confiável? rs)
Onde devemos buscar a verdade? Como saber o que é verdadeiro ou não?
Idéias já criadas e dadas como um presente por terceiros são confiáveis?
O que sabemos? Tudo sei que nada sei? Sei que não sei de nada? Não sei mais o que eu estou falando?
Seria tudo isso o início de uma discussão filosófica, criado por um não detentor de conhecimentos filosóficos? Filosofia de não filósofo? Filosofia de um ignorante, provavelmente. Já me conformei com isso.
Conformidade... Falta de ideal? Indício de fraqueza? Material presente na constituição das grades da prisão da normatividade imposta pelo senso comum? Preguiça? Pode ser...
Preguiça, meu doce esquema maligno .. Acaba com o meu eu interior... Acaba comigo... Preciso juntar forças para espantá-la e começar a ler meus livros e a fazer meus trabalhos da faculdade.
*depressão eterna momentânea*
(Pelo menos usei o dicionário para procurar a maneira correta de como se escrever o título desse post. Nem tudo está perdido... E não, eu não sabia como escrever. Depois a nova reforma ortográfica eu não sei de mais nada... /inguinorÂnça detected)

segunda-feira, 15 de março de 2010

Aleatoriedade

Simplesmente pensamentos que surgem. Simplesmente idéias e imagens aéreas, submersas nas nuvens púrpuras de um labirinto em forma de crânio. Wondering if eu sou o único azarado com datas e encontros de objetivos fujões. São espertos de mais pra mim ou a roleta do destino não gosta de parar no meu desejo realizado?
E se todo o mundo não fosse um grande cenário? Parentes, amigos, irmãos, animais, locais, objetos... Não fossem figurantes de um espetáculo falido onde sou o ator principal de uma desgraça de importância irrelevante para o progresso do universo e todos os seus componentes?? Talvez um reality show de uma realidade subjetiva?? E ninguém nunca me contou isso? Minha mãe saindo de casa para ir trabalhar... Mas na verdade está indo para a central de filmagem me espionar com o resto do mundo que insiste em ir contra minhas vontades para tornar o que parece real real. Logo tudo acaba tornando-se real. Não somente para o diretor.
Esse diretor safado. Sei que me ama. Amo-o também. Apesar de nunca o ver, sempre há uma comunicação entre nós dois. É quando junto as mãos ao final do dia e vibro em frequências sublimes, de força incalculável. Como tenho certeza que ele me escuta? Sempre tudo da certo. Inclusive uma de minhas falas favoritas "Tudo dá certo no final. Se não deu, é porque o final ainda não chegou".
Se sou grato? Muito. Sinto que minhas mordomias de ator, mesmo que falido, são atendidas como se eu fosse um superstar de grande influência. Porém, ainda falido.
Ainda posso terminar o filme e receber reconhecimento. Tanto do real quanto do irreal. Tudo. Para isso acontecer, basta que eu pare de fazer o que estou fazendo e cumprir as tarefas dadas pelo roteiro maluco da minha vida combinada, em rumo ao azar gratificante. Porque mesmo com tudo isso, no final tudo dá certo mesmo. ~~~

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Ímpar

Sabe o que me incomoda? Quando as pessoas acham que tu é igual a todo mundo. Porque na cabeça delas, todo mundo é. Mas eu não sou. E Não sou mesmo. And I'm totally ok with that, you know...
Há muita coisa que o povo pega e fala "Ah, mas eu com a tua idade também pensava assim" ou "Ah, quando tu entrar na faculdade a gente conversa pra tu ver se num vai mudar ou não...". Mas mano... Não sabe. Eu não sou obrigado a fumar, nem a beber, nem a gostar de dirigir, nem de ficar de pegação com meio mundo... E sou feliz assim.
Parece até que de vez em quando as pessoas acham que eu não sou totalmente feliz assim, não sei, que pra ser alguém feliz tu tem que fazer tudo o que quase todo mundo faz, gostar de quase tudo que os outros gostam... Seria inveja por que elas só conseguem ficar satisfeitas fazendo e curtindo esses tipos de coisas??? Sei lá, quem sou eu pra julgar os outros...
Eu sei que muitas vezes essas pessoas falam essas coisas porque têm mais experiência ou tiveram uma experiência que eu não tive ainda, gostaram e acham que eu gostaria também... Se for isso, valeu a intenção... Mas nem sempre curto as mesmas coisas e nem por isso vou começar a curtir só porque elas curtem. E o que mais irrita é que elas são insistentes "Ah, tu num curtiu porque não tava bom" ou "porque não foi no momento ou lugar certo". Sabe, whatafuck... Me deixa sabe... Sou feliz assim. Ponto. Não há nada de errado nisso. E viva a diferença!!!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Lei de Gaga

Essa mulher é minha inspiração. Mano, ela é tudo. Canta, dança, compoem, toca piano, criativa, artística, autêntica, simpática, bondosa, linda, inteligente... Ela fez com que eu abrisse meu olho e visse que sou como sou. E não há nada melhor do que isso. Tá, não que eu nunca tivesse escutado o clichê "Seja você mesmo" e bla bla bla... Mas ela me dá coragem de seguir em frente sem medo.
E isso tudo é muito true. Pra que se preocupar com o que os outros pensam de nós? Ninguém paga nossa conta q. "Ah, mas é que eu nem tenho moral pra sair de casa com o que eu quero...". Bem, se tu continuar a pensar assim meu filho, vai continuar sem moral pro resto da vida aé. "...E eu também sou fei pra poha...". Mano, todo mundo tem sua beleza, sério. Se tu num consegue achar a sua, contente-se com o que tem e agradeça. Tipo, eu me acho bonito (muito sério isso), mesmo vendo que na prática as pessoas não pensam que nem eu. Se sou louco? Se sou cego? Não. Apenas me amo e não sou o padrão de beleza imposto pela sociedade.
E gente, felicidade é tudo. A gente tem que ser feliz. Se for pra viver infeliz o resto da vida reclamando da aparência, arranjando defeito aqui e ali, se mata. Sério. Que nem, eu tinha complexo com as minahs orelhas, acho que elas são levemente de abano e isso me incomodava. Queria até fazer cirurgia. Mas daí pensei "será que compensa?". Mano, eu nasci assim. Não me atrapalha em nada. Tenho que mostrá-la com orgulho, faz parte de mim, dos meus traços, da minha identidade q!!! É muito melhor ter orelhas assim do que não ter. Tenho orgulho de ser eu mesmo, mesmo com todos os defeitos (inclusive os psicológicos aé xD).
Vamos viver a vida (novela q), fazer a diferença, parar de se lamentar e tomar alguma atitude. Olhar pra cima, ficar feliz com o que tem, com o que é e seguir em frente. Fé gente, sempre. Aparência não é tudo, um dia tu vai deixar essa armadura feita de carne e partir daqui pra uma melhor. Então aprenda a cuidar dela e a adorá-la enquanto está aqui!!! Faça bom uso dela!!! Seja você mesmo sempre!!!
E ah, num é porque eu to falando tudo isso que sou contra cirurgias e nem nada. A gente pode muito bem procurar algo que nos faça ficar melhor, maquiagem, qualquer coisa... Desde que isso nos deixe feliz... Tá valendo!! Só num creio que seja o essencial ;)
And Lady Gaga... Peace!!! You know that you are the only woman that makes me go... Wild... q... Luv u fuckin bitch!!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Leia o rótulo da embalagem...

Mano... Eu odeio rótulos. A pessoa vai lá e te anexa uma tag que acha conveniente e pronto. Nem pergunta se tu gostou, se é legal ou se tem alguma coisa a ver contigo.
Pra quê isso??? Mano, que tal abrir a embalagem e conferir o material primeiro. As pessoas tem mania de julgar e enquadrar todo mundo dentro de padrões... E pessoas perdidas como eu, que não se encaixam em nenhum grupo, comofás???
Isso tudo é muito desnecessário. Cada um cuida da tua vida aé. E não importa o que cada um é, ninguém tem nada a ver com isso (a num ser a própria pessoa e quem a ama). Bora crescer e cuidar da própria vida??? Kiboum!!!!!
Classificações são para os fracos!!!

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Amor KD??

Ontem eu estava conversando com um amigue muito querido pelo MSN e começou o assunto religião q. Eu acho religião essencial na vida de todos, fé é tudo gente aé. Tu tem o direito de acreditar em qualquer coisa que quiser, desde que tenha fé, inclusive essas pessoas que dizem não ter religião, contanto que haja respeito com outros seres vivos. Daí entra aquele lance do fanatismo religioso. Quando uma pessoa fica cega pela ignorância imposta pela religião em que acredita e obedece tudo que lhe foi dito, isso vira um problema, pois muitas vezes falta o respeito com outras pessoas que não dividem a mesma crença que ela.
Gente, tudo que é exagerado nessa vida faz mal. A gente tem que ter um equilíbrio. Eu sou totalmente contra esse comportamento “Ah é pecado fazer esse tipo de coisa na minha religião. Só deve existir o amor ao nosso Deus então, em nome dele, tu deve morrer” q. Gente e o amor KD aé?? Tipo, a pessoa nem racionaliza o que ela acabou de dizer. Ela não respeita o outro, acha que só o que ela acredita é a coisa certa e o resto ta tudo amarrado 3x q. Se o Deus dessa pessoa é tão bom assim, por que ele quer a morte de um indivíduo?? Quem é essa pessoa que se diz religiosa pra saber o que o Deus dela quer?? E quem é ELA pra matar alguém ou não?? Por que não deixar pro Deus dela, já que ele abomina tanta coisa, julgar no juízo final ao invés de julgar por ele aqui na Terra?? Mano, vai se tratar, sério aé.
Gente, cada um é livre pra acreditar no que quiser. A gente precisa aprender a respeitar a religião dos outros e se caso o ato de uns te incomode, deixe-os em paz. Se for pra haver alguma punição ou coisa parecida, deixe que Deus faça isso por conta própria, ele é muito³³³³ mais inteligente que todos nós, aé. Não precisa de servos sedentos de sangue e ódio pra matar quem faz coisas “Du Mal” q. Parece até que o povo gosta de condenar e matar os outros q. O que eu quero dizer com tudo isso é que só quero que haja mais amor. (Random coment: ta chovendo e nem percebi q). Cada um é e acredita no que quer e fé gente. Fé sempre. (Sinto que esqueci de comentar algo sobre esse assunto. Já disse, se eu esquecer de alguma coisa, sempre postarei depois caso eu lembre q).

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Comunicação

Olha, primeiro pensamento gente! Aee...
Então. Vamos falar sobre comunicação? Tipo... É que tem uma coisa que eu penso que sei lá (?). As línguas no mundo não foram criadas pelo homem pra ele poder se comunicar e organizar e talz...? Então. Concordo plenamente com as aulas de português, inglês, espanhol e tudo mais, precisamos saber as normas básicas para construir uma frase e etc, mas... Gramática mais profunda é realmente necessária?
"Ah, essa oração é uma oração subordinada adverbial causal reduzida"... Ninguém precisa saber disso pra ser feliz.... Muitos morrem sem saber disso e conseguiram alcançar o objetivo da língua: comunicar-se. Então, pra que tudo isso?? Pra que ficar falando difícil? Pra que complicar o fácil?? Vamos apenas nos entender e não criar mais complicações. Tipo, meu inglês suck a lot (notem rs), mas eu me viro sabe... E, contanto que as pessoas me entendam, tá ótEmo!!! (Mímica também é muito útil).
Por esse motivo eu acho que muitos enfeites e pouco conteúdo são desprezíveis... Algo com um significado mais profundo, porém mais simples é sempre melhor...
"Ah, mas daí todo mundo vai falar feio e ficar analfabeto".. Nada a ver. Como eu disse, a gente vai continuar a ter aula (nossa, to falando como se eu realmente fosse mudar isso rs) normal para aprender o básico e poder se comunicar, isso é inevitável. Mas o que é falar feio?? A estética é criação do homem. Se ele tem problemas com a mesma ninguém mandou criá-la aé.
É isso. Desabafei. Se lembrar de algo posto depois, fui.

Apresentação breve e abélica

Olá! Tudo bem? Espero que sim. Bem, escrevo esta apresentação com o intuito de explicar o nome do meu blog e porque ele existe q. Pensamento abelístico... Aqui estou criando essa coisa pois quero dividir alguns pensamentos com o povo que por algum acaso cair nessa página da interenet.
Acredito que se um dia por algum milagre de Deus q esse blog ficar conhecido, eu estarei disseminando todas as minhas idéias. É que assim... Eu queria um dia mudar o mundo q e não sei como (narcisismo oi). Então tento de todos os jeitos, inclusive criando um blog. Se eu ficar famoso, terei uma maior influência e convocarei todos que pensam como eu para tornar esse planeta um lugar melhor aé. E gente, tem que ter fé, sempre. Então bora cirar o blog e fazer alguam coisa.
Quanto ao nome... É que assim, eu estava pensando em colocar o nome de "pensamentos não óbvios", porque eu vou postar aqui o que eu penso e eu quase sempre nunca (que linda antítese n) penso no óbvio e acabo desenvolvendo uma lógica maior nada a ver... Mas eu achei super não true esse título... Queria algo diferente. Então lembrei da minha digníssima amiga Culpa. Ela vive falado do meu modo "abélico" de ser (muitos me chamam de AbeL /FikDik), e que sou maior lesado e talz... Daí eu achei legal, porque fica uma coisa bem pessoal e que no final tem o mesmo sentido, já que sou meio assim... Ah, deu pra entender né RISOS.
E é isso galere... E ah, não vou escrever formalmente o tempo todo... E erros, todo mundo comete. Perdoem-me os que não suportam ler um texto super certinho ou que contenham problemas gramaticais ou etc. Nem ligo q.
Espero alcançar o objetivo desse blog q paz.