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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Prece

Não sigo minhas próprias regras
Jogo tudo para o alto
Perco-me de mim mesmo
O tempo que passa não volta
Construo castelos com palitos de fósforos
Bato pedras até saírem faíscas
Lágrimas evaporam com o calor formado
Formam nuvens densas
Chuva ácida cai sobre mim
Caos no mesmo metro quadrado
Basta apenas um passo
E continuo sentado
Com uma fonte de pensamentos ligada e minha mente
E preguiça que seca tudo
Por que estou onde estou mesmo?
Enlouqueci com minha própria loucura
Exagerei interpretações da minha fantasia
Vivi o irreal
Infantilizei meus atos
Falei mas não fiz
Sei o que é certo mas fico parado
Tenho vergonha e não faço nada
Como se palavras agissem por si só
Indo contra a minha religião
Princípios
Princípios que cobram
Princípios que fascinam
Que me enfeitiçaram
Junto com o que antes era apenas superficial
No mais puro sentido da palavra
E agora em conjunto com a pureza de uma alma
Prendem-me
Acorrentam-me
Deixam-me confuso
Abobado
É só mais uma alma
Agora tente me convencer
Já não sou dono de mim mesmo
Esqueci como é ser total autêntico
Como se fosse um escudo
Proteção contra um monstro que tanto desejo
Escudo burro
Proteção desnecessária
Desnecessária?
Estou perdido
E o pior é que sei o caminho de volta
Mas toda vez que vejo o monstro novamente
Caio na tentação
É como um vício
É egoísmo
Não posso domesticar algo desse jeito
Não depende só de mim
Se o monstro quiser, ele que fique
Não quero aprofundar-me mais nesse abismo
Não sou um perdido
O perdido é que faz parte de mim
Mas voltarei a dominá-lo
Voltarei para meu trilho
Voltarei para a luz
Basta seguir os passos
Que com urgência preciso escrever em tom de confissão
Desabafo
Para mim mesmo
Registro
Apoio para meu auto-exorcismo
E aqui estão

Ser eu mesmo
Fazer o que é certo quando o errado é um inimigo conhecido
Focar-me
Rezar
Amar
Deixar estar

Não há vergonha nessa exposição
Feridas são feias mas médicos precisam ver para tratar
No caso eu sou meu próprio doutor
Não entendo minha letra
Há uma necessidade de um registro digital
Regularidade
Documento que talvez possa ajudar outros doentes
Com doenças semelhantes
Documento de aviso
Aviso para os vírus desinformados
Vírus causadores desse estrago
Que nada têm a ver
Apenas foram mal interpretados
A má interpretação que o meu DNA fez do vírus é que causou tudo isso
O vírus apenas quer ter sua vida
Nem precisa de mim
Da minha doença
Da minha saúde
De mim
O vírus na verdade nem é vírus
É um unicórnio
E ele nem sabe
Não sabe
Porque talvez não seja mesmo
Tanto vírus quanto unicórnio
São frutos de minhas alucinações
O ser em questão
É apenas uma vítima de minhas loucuras
É apenas um ser
E que o Senhor olhe por esse ser
Eternamente
Muito obrigado por tudo meu Deus
Que  assim seja
Amém

domingo, 29 de maio de 2011

+ 1 = 0

Já esteve presente
Sem ser notado?

Ser um fantasma, um louco
Disfarçado?

Fez tudo e não deu, indiretas diretas
Limite esgotado

Disse que sim quando era não
Amor mascarado

Mas olhe ao seu redor
Alguém olha por você
Você não vê quem te quer?
Nem sei se tentou perceber
E no final o que importa
A alma ou a imagem torta
De um mundo onde sou...

Explique pra mim
O que é moral?

Fale um pouco do seu gosto
Do bem e do mal

Diga que raios há de errado em mim

Já vi que nunca ficaremos juntos
Não assim


Mas olhe ao seu redor
Alguém olha por você
Você não vê quem te quer?
Nem sei se tentou perceber
E no final o que importa
A alma ou a imagem torta
De um mundo onde sou...

Seria tão bom
Se dependesse de mim
Seria a pessoa mais feliz

Mas o ideal doente
Quer por um fim
No que é perfeito e simples

Não há problema
Se não há solução
Não insista em sofrer

Deixe estar
Viva o agora
E agradeça o amanhecer

Agradeça o amanhecer
Agradeça o amanhecer

Então olhe ao seu redor
E diga o que você vê?
Perdoe e tente enteder
Como Deus faz com você
Existem muitas outras coisas
Olhe além do comum
Em um mundo onde sou
Mais um