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terça-feira, 27 de julho de 2010

Anonimato

O anonimato alheio. O encontro de vidas vividas por outras cruzadas com a própria vida, mesmo que seja um cruzamento opaco, triste e de mão nos queixos. É quando observamos um olhar perdido mirando além da paisagem que se vê através de janelas. Paisagens que se movimentam e, mesmo assim, não tiram o foco do sofrimento de quem enxerga além da paisagem.
Também a há a situação de esbarrarmos nossa aura com a de terceiros em passos indiferentes em lugares aleatórios. Passos esses que guiam uma vida, mas nunca mais que isso. E todas com um ar de individualismo, de que não notam outras vidas e, se notam, notam apenas a carne que as revestem. É tudo passageiro.
Teriam parado pra pensar, ou melhor, teriam pensado enquando andam em direção ao destino (conhecido apenas por quem quer chegar nesse destino, e a ele foi atribuido) que é possível haver mais vidas como elas? Não iguais, porque isso é impossível, mas com a mesma essência que é a de ser uma vida? Que roupas, comidas, trabalhos, famílias e amores diversos e inimagináveis existem paralelamente a sua vida, que não é mais especial que outra pois vive assim como qualquer vida vive?
Sim, toda vida tem sua própria vida, que é vista como particular e que nenhuma outra vida tem nada a ver com isso. E assim forma-se a camada de gelo expresso ao redor da vida de hoje.
Como é possível haverem mais vidas que vivem assim como a vida única de cada ser? Será que uma vida consegue imaginar como é viver a vida de outro? Como imaginar algo que nunca foi visto? Nunca foi... vivido?
O mais engraçado e triste ao mesmo tempo é quando uma vida se identifica com outra sem ter ao menos conhecido-a. É tudo muito louco. E melancólico. Aliás esse estilo todo de se viver e reparar nas vidas alheias é muito alternativo. É ter encontrado uma alma humilde e cheia de alegria, ou ardor carnal que atinge uma linha sublime de inocência e logo vibra na mesma frequência do que se é identificável. Do que nos parece próximos pois nos entendem. Ou pelo menos nós as entendemos.
E o adeus, o inevitável adeus, vivido por todas as vidas quase todo dia. É muito triste. Ou para os mais insensíveis, é apenas mais um adeus. Para os que não reparam na beleza que é viver e de se ter uma companhia nessa jornada.
Agora, para os que se apegam... É como parir e ter que doar seu filho. Já faz parte de você. Já faz parte da vida. Mesmo que anônima, que mais uma, é mais uma vida que está na sua vida, ela contribuiu para escrever a linha do exato momento em que o encontro de duas dinvidades se encontraram. Mesmo que inconscientes. Mesmo que sem querer.
Pior que o adeus é a indiferença. Pronto, daí o mundo já não tem mais sentido. Sua vida fica feia, fica bamba. É que a vida dos sensíveis é fraca, precisa se agarrar nas outras, por que não, nas insensíveis, para continuar. E depois cair novamente.
Adeuses e tropeços são inevtáveis nessa fascinante e solitária vida, onde todos parecem estar mais ocuapados e com mais problemas que você, mais sofridas. Ou vice-versa. É, é o que normalmente acontece, achamos que ninguém consegue imaginar como é a sua vida e sente que deveria expô-la para todos. Por que não registrar sua vida em vídeos e lançar uma série com elas? Faria muito sucesso não? Não sei a sua, mas a minha faria.
Agora deixe-me viver a minha e volte a caminhar para onde ia. Nosso tempo acabou.

Névoa amorfa e invisível que esconde tudo que tem um real valor

Um dos maiores erros que a humanidade vive cometendo é o de enxergar um átomo. É entender um átomo. Além de ser um erro, não tem graça. Perde-se todo o sentido quando se tenta. Sentido de ser, sentido de estar. E aquele famoso vazio, que nos é íntimo e muitas vezes achamos que é pessoal, preenche até transbordar um corpo sem matéria, um corpo desfigurados pela própria ousadia de querer desvendar o átomo e seu mistério. Mistério esse, que nem é exclusivo do átomo e vive escondido, atrás de moitas, pedras, nos bosques e nas gotículas de água presentes no sereno. A perfeição do desconhecido conhecido por todos.
Esse desconhecido é único e ubíquo. É a essência da água, é a canção da natureza que ressoa como a brisa que se espande para o universo e seu vasto infinito. Infinito porque não se sabe de nada. A partir do momento que se sabe tudo, tudo já não existe mais, nem que tudo sabe. A excitação desaparece e tudo o que citei anteriormente também. É tudo vão.
Mas sabiamente, vários muros foram contruidos para impedir que esse apocalipse chegue algum dia. Se ele chegar, será de outro modo, mas nunca porque um infeliz deteve toda a informação que desejava. Ele sempre será infeliz e morrerá em outro apocalipse caso não mude sua filosofia e simplesmente sinta os números que calcula, beba toda sua soda cáustica e leite de magnésia com cobertura extra de células e seus DNAs. Enquanto produzir todo esse armamento em busca do proibido que faz o fluxo cósmico girar, o infeliz semrpe será infeliz e ponto. Se quer mudar, o primeiro passo seria conformar-se.
Agora, também não é porque temos raiva ou dó do infeliz, cego pela sua sede de experimêntos que desafiam o próprio mistério, que devemos rotular (aliás, outro grande erro da humanidade) a vontade sadia de vestirmos uma capa, chapéu e uma lupa. Essa nossa fantasia, que nasceu no mesmo dia que alguém nasceu, não passa de uma fantasia. Não nos tornaria um profissional. Não nos torna Deus. Logo, ela é saudável. Aliás, é recomendável que se use-a! Pena que nem todos notam que dentro de seu baú existe tal roupa. E pena que alguns que notam, já querem trocá-la por outra de cientísta e depois uma fantasia falsificada de Deus.
Acho que a mãe desses últimos não educaram seus filhos direito. Não colocaram limites. Apenas mimaram e mimaram e mimaram... Quando viram, já eram monstros! Isso que dá, comprar fantasias falsificadas... Pirataria é crime! Se não se pode ter uma fantasia dessas, então que não a tenha! Essa mania de querer possuir o que não pode, na agridoce ilusão de que é mais malandro e que tem o que se quer... Apenas ilusão... Apenas contribuição para um crime maior, um crime que não se vê. Crime semelhante ao de tentar desvendar um ovo, sua mãe e seu conto. Só que esse último é pior. É o erro humano que estava falando sobre antes de começar a explicação sobre as fantasias.
Agora um vazio preenche minha mente e a torna vazia. Perdi a linha. É como uma sala cúbica, toda branca e impossível de se codificar. Ela mexe um pouco suas arestas e a área da superfície próxima a elas. Foi o que passou pela minha cabeça. Assim como uma pomba branca passa pelo céu azul com núvens. Tudo tão mundano. Tudo tão cheio de máscaras já usadas em outros tantos carnavais... Também frutos de humanos. É tudo parte de um código que só faz sentido para quem o criou. E que na verdade é uma farça, cobrem com seu véu refletor todo o resto, toda a nudez existente no ser e estar puros. O que é bruto já está lapidado. Já não tem mais sua função de simples pedra bruta, feia. De pesar sobre o solo, de rolar tortamente devido a suas perfeitas formas deformadas. É tudo tão perfeito. E não se sabe o motivo da perfeição de tudo e nem como foram para onde chegaram, onde estão e onde sempre estiveram. É o mistério a não ser desvendado. Porque, todos que são felizes sabem: nem tudo foi criado para ser descoberto. Não do jeito que se pensa que deve se descobrir. Esse jeito errado que todos acreditam ser o certo, não passa de uma ilusão de uma vida fútil na tentativa ridícula de se aumentar o que já está grande de mais. De que jeito então? Como se descobre de maneira correta se o modo que sabemos é errôneo e sem saída? Bem, isso é segredo. E esse segredo é tão bem guardado que nem eu mesmo sei. Ainda estou procurando com a minha lupa. Mas não do mesmo jeito que os infelizes a usavam: a lupa deve ser usada com o terceiro olho. Só assim se descobre o caminho até o fofoqueiro que contará o segredo, a Verdade Absoluta.
E os que a conhecem não contam a ninguém. Não pode, é pecado! Nem Deus pode contar para alguém, mesmo que em forma de inspiração ou milagre, porque é pecado contra ele mesmo! Pecado contra quem descobre o segredo sem antes ter investigado as impressões digitais e pegadas do fofoqueiro. Pelo menos eu sei onde ele mora: na caverna mais profunda do organismo de quem procura. Talvez no estômago? Não, muito sujo, ph muito baixo, estofado de pecado. Talvez o miocárdio ou o cérebro. Com certeza em algum lugar onde haja algum centro magnético vital. Talves em todos eles. Talvez na união de todos eles junto da inocência e real felicidade de apenas sentir e provar um pouco do mistérios que nos rodeiam, esses safados indecifráveis que fazem questão de nos iludir. Nos fazem acreditar que devem ser encontrados, como uma brincadeira de esconde esconde. Mas na verdade estão em esconderijos de terroristas. Pelo menos sabemos seus nomes. Sabemos que estão mais perto do que imaginamos. Mantemos relações a longas distâncias, contato telepático - outro enigma porém mais palpável.
Quando o momento certo chegar, o encotro tão esperado acontecerá. Forçar algo antes da hora pode ser trágico. É como parir um bebê com uma barriga de apenas 2 meses. Certeza de que não vingará. Mas para que a pressa? O caminho é tão bonito, há tanto do que se quer conhecer no caminho... Quer coisa melhor do que observar o tempo todo o que se deseja conhecer? É como um safari com animais selvagens - mistérios selvagens. Tudo é mistério. O mistério é tudo. Só é trevas quando não se deseja desvendá-lo. Só é apocalipse quando é desvendado. Se não o sentido criado por eles mesmos some. Eles são Deus. Deus é o maior mistério. Deus é tudo. E tudo é uma coisa só. Que serve pra quê? Para onde vai? Ah, esse segredo... O próprio tudo tenta desvendá-lo até hoje. Eu acho. Chute meu. Nem sei de nada. Só reflito enquanto busco algo.
Seria eu um espelho do mistério? Ele me vê como sendo ele? Seria eu entao um mistério? Ou, pelo menos, como um instrumento que o reflete? Qual é a função de um espelho? Qual seria o reflexo de um mistério? Seria amorfo e transparente? Ou isso é apenas um mito? O que são essas perguntas? Onde estão suas respostas? Isso é mistério? Isso é o reflexo do mistério, existente graças a mim, um agente refletor de sua imagem? Qual é a dimensão de tudo isso?
O vazio me bate novamente. É um choque. Dessa vez mais rápido. É aquele velho e conhecido vazio lá, sabe? O mesmo de quando perguntamos por que estamos aqui e... Ah! Seria o vazio o resultado da reflexão de mistérios que, por serem impossíveis por excelência, dão o vazio em formato de resposta? Seria o vazio a única resposta possível e tangível ao pensamento terreno? Ou, como um feitiço, apenas um artifício para ocupar nossa mente com o vazio e desviar nossa atenção para que assim nunca alcancemos a verdadeira respota? Seriamos dígnos da resposta certa?
Nos restam palpites, teorizações e a vontade de aprender o que está ao nosso alcance... Mesmo que nem tudo o que está ao nosso alcance faça sentido.
Acho que caminhei para um caminho muito iluminado. Voltemos para a neblina mais escura, onde os mistérios saem para brincar e onde o aventureiro pisa no desconehcido... Pronto. Assim é mais divertido!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Si mesmo

Não consigo parar. De repente nasceu uma fome de pensamentos que eu devoro e depois tenho que regurgitar tudo. A fome não surgira antes porque eu era desconfiado. Inseguro. Era perdido, buscava a luz nos outros que, na verdade estão todos no mesmo nível, ao mesmo tempo que em níveis diferentes. Acho que é só a linha que estão que muda, só o material que usam. Não há um melhor.
A diferença é que os que estão firmes sobre as suas próprias núvens têm liberdade de escreverem o que que que queiram. Eles permitem serem livres, deixam seus pensamentos baterem asas. Quem gostar, gostou. Quem não gostar, não gostou.
Eis que surge o conceito de que o que parece ser mais articulado merece mais respeito e é digno de um título de nobreza. E os que não gostaram são entitulados de incapazes. Só porque não conseguiram acessar a mente estranha que lhe foi imposta ou que resolveram se adentrar por conta própria. Uma aventura de última hora, uma experimentação.
Não existem mentes mais enigmáticas que outras, supondo uma mesma escala para todas. São apenas diferentes. Algumas se dão bem e outras não. As que não se entendem, não se entendem. É isso que acontece com alguns ditos burros. Não são burros. Apenas não estão na mesma vibração do que condenam. Ou dos que os condenaram, o que dá na mesma em muitos casos.
Então se você reclama que a frase mais idiota seja aclamada por muitos porque são de autoria de pessoas já aclamadas por muitos que os entendem - ou apenas admiram e/ou fingem entender - e que se você escrevesse uma merda muito grande seria metralhado, por certo será. Não se pode nem mesmo pensar dessa maneira, apenas deixar ser o que se pensa e o que se é, sempre de cabeça erguida e voltada para para si mesmo.
Não me estenderei e nem explicarei melhor o que quero transmitir porque já sinto que acabei de soltar um segredo que eu não deveria ter soltado.

Buquê de narcisos

É tudo muito triste quando o que aparentemente era original e apenas seu já é de outros. Quando extenções metafísicas de seu pensamento tocam a mente de terceiros, espalhados pelo mundo, antes mesmo de serem criadas, ao mesmo tempo ou posteriormente, divulgando suas mais íntimas teorias. É um espanto saber que o que era particular, sempre foi público. Mas também é reconfortante, porque mostra o tamanho do exército que está do seu lado na batalha da vida. Mostra que ainda há esperança e que a sensibilidade não é algo exclusivamente seu. Até porque ela existe em diferentes níveis e de diversas formas. Então nem sei como posso estar escrevendo isso se não sou ninguém mais sensível que outros sensíveis para sentir o que não é apenas meu, não tem uma maneira só de se sentir.
Apenas espero que todos continuem suas jornadas de desabafos e continuem a se identificar em outros, por mais que nosso lado egoista fique rebelde e cruze os braços. Vale a pena receber a luz da comapanhia na jornada de se mudar o mundo. Mesmo que meu narcisismo quisesse que eu fosse a única flor com tal essência.
Inspiração de escrever não sei o quê. Queria estar grávido para ter um desejo fixo em minha mente e simplesmente perseguí-lo insaciavelmente até afogar meus olhos em palavras que dariam orgulho.
Nesse momento a inspiração vem como que imediata, na mesma frequência e agilidade que os pulsos nervosos de meus neurônios. E ao mesmo tempo em que cada palavra nova do que escrevo surge no nada, da própria inspiração.
É tudo tão inútil ao mesmo tempo que necessário. Essa vontade de expor um brilhantismo que me escapa como um vagalume, escrever depois de banhos de inpiração... Seria isso carência? Pena que o vagalume eu já perdi de vista. Terei que voltar a procurá-lo assim como um pedaço de banana cortada escondida debaixo de bolas de sorvete de uma banana split. Mas já repararam o quão melhor ela fica? É como se o doce do sorvete, misturado com a doce excitação da descoberta de um tesouro soterrado, elevassem o valor escondido, interior de uma banana. Uma simples banana. Uma fruta que é tão simples e abundante, passa despercebida... Não chega a ser a favorita. Mas é que seu talento é de se misturar com os doces. Doces... Tão nobres... Acabam destacando a banana sem graça. Banana essa que merecia, no lugar do morango, o posto de fruta que melhor combina com doces. Salada de fruta sem banana não é salada de fruta. Acho que é porque elá é meio sem graça, meio pepino, meio chuchu... E talvez essa seja a graça. E é isso que eu acho e pronto.
Depois de tal interrupção após o desabafo de uma paixão pela banana (seria isso um desejo? Estaria eu grávido?), voltemos ao que eu escrevia. A sim, a obra prima que está prestes a nascer. Acho que marcarei um dia para parir. Ou virá naturalmente? Ó dúvida cruel, por que insiste em me acompanhar o tempo todo, a vida toda? Deve ser a falta de atenção que tenho, mesmo que sem querê-la. Ignoremos. Pulemos tais galhos secos e prossigamos o caminho de pedras roxas em rumo ao maravilhoso reino de... Assombrações? Não, de promessas maravilhosas e inocências jamais desbravadas antes, virgens, puras e cristalinas como a fina gota que cai em um lago puro e transparente, quase que invisível dentro das cavernosas mentes congeladas. Da minha mente congelada. Talvez por ter esse clima é que alguns fantasmas se manifestem de tempos em tempos...
Apenas uma confsão básica. Enfim... Ah! E se soltasse das pontas de meus dedos uma epopéia épica? Tipo, uma aventura assim... Sabe? Aquela em que se tem um personagem... Já sei: um personagem sem nome. Não anônimo, muito famoso. Apenas não muito conhecido, mas que sente uma força bruta como diamante de explodir em idéias que choveriam anos e anos, inundando o mundo e obrigado a sociedade a construir uma arca, dessa vez não de Noé, mas sim uma arca da salvação. Pena que nem todos cabem dentro dela...
Reticências... Reticências... E reticências... E assim passa o tempo e junto as idéias que, de filme passam para palavras. Engraçado não? Normalmente livros viram filmes e não o contrário. É que as pessoas estao perdendo a capacidade de ler. Não de ler, porque isso muitos conseguem (não todos, o que é uma pena para quem realmente quer se inserir no mundo da cultura humana). Mas sim de leeeeeeerrrrr.
A partir do momento que a pessoa descobre o novo e substitui o antigo ultrapassado, quando se perde o recém novo e a pessoa se vê na obrigação de ter que utilizar o velho novamente, ela sente falta do novo e acha tudo impossível. Mas então como ela sobrevivia antes, quando o velho ainda era novo? Isso é ingratidão.
Engraçado como perdi a noção do tempo... Talvez porque ele nem exista de fato. É apenas usado para organizar a mente perdida do homem, que precisa criar coisas e coisas para dar sentido a sua vida solitária e sem sentido. Não que tudo nada faça sentido. Não que esse texto e quem o lê sejam apenas icógnitas descartáveis inseridas dentro de um gráfico infinito. É que dá muito trabalho explicar para quem não quer entender qual é o verdadeiro sentido, a resposta de tudo, a Verdade Absoluta. Ela que corra atrás se estiver interessada.
Nesse ponto, esse de aqui, agora, já é corajoso quem nele chegou e se atreve a ultrapassar. Muitos desistem antes de começar, quando se dão conta da extensão do caminho que teriam que percorrer. Mas você que lê isso, isso mesmo, essas palavras aqui, já está no final e por isso meus parabéns. É uma pena que nem sei quais e quantos foram os heróis que chegaram até o fim e aqui estão. Talvez nenhum e o mal reine e viva feliz para sempre. Enfim... Apenas me despeço e oferenço-lhes, como prenda, minha hulmide gratidão e esse texto que acabou de nascer. Falta só um nome, que ainda não me decidi qual será. Será o nome que o mundo quiser que ele tenha. E que assim seja. Amém.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Paralizia de teorizações

Quando a obra prima de um artista encara nossos olhos. Quando, como um vampiro, suga nossos olhos e cérebros. AS vezes até nossos corações e almas. Quando apenas um fio de saliva sai de nossas bocas refletindo todo o brilho da obra. Uma assassina de elite, uma mística com poderem inimagináveis, desconhecidos pela própria obra e seu criador.
Mas essa ausência de pensamentos momentânea seria apenas o fruto de uma ilusão? Ou realmente há uma programação por trás de tudo isso, com códigos nunca vistos antes?
Um vazo moderno com uma uma única flor morrendo, em um espaço amplificado pela junção de todas as cores luz e um bilhete ao lado com a assinatura do ícone da arte contemporânea. Logo a imagem se mistura com núvens produzidas pela mente doentia de quem a observa e resulta em um mundo pós apocalíptico de design incompreensível. Ou talvez, em outra dimensão, seja apenas a representação de superficialidades presentes na sociedade atual e suas exigências e desenhos inexistentes na natureza, condenada pelos humanos.
Agora queimemos o bilhete com a assinatura e penduremos a imagem na parede. Deus intereveio para que o assassinato não ocorresse e o tranformou em um siples assalto de meros segundos? Que diabos tuod isso quer dizer? Não há mais sentido ou eles está apenas brincando de esconde escode e o observador simplesmente cansou de procrar?
As vezesm quando olhamos uma melancia, verde por fora, mas começamos a girar as engrenagens de nosso crânio e todas as memórias associadas a uma melancia nos fazem lembrar de que ela é vermelha também, uma cascata fria sai de nossos poros dilatados e inundam nossos pensamentos de coisas desnecessárias. Afinal, o que se vê é apenas uma fruta verde. Uma grande fruta verde. E ponto. Não é o intuito da melancia revelar seu interior. Cabe apenas a nós criarmos teorias e buscar nossos conceitos e verdades.
Se ao invés de suculenta e escarlate por dentro houvesse um abismo obscuro com monstros de contos infantis e sementes assassinas, prontas para desenvolverem-se dentro da barriga de terceiros? Como saber a verdade, sabendo da indiferênça da melancia?
Simples: ou acredite no que acredita ou arranje uma faca e a corte. Problemas acabados. Óbvio que é bem mais legal criar e discutir com outros a respeito, mas se sua sede de saber o que o Criador pensou na hora da criação, exatamente, vírgula por vírgula... Busque sua resposta!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Desejo

Ah, o amor. O desejo do belo. O que é belo é o remédio saudável de uma carência infinita e própria de todos. Ainda bem que beleza é relativa.
Se para alguns um simples buquê de flores dado por uma única pessoa durante toda a sua vida pode significar mais do que um diamante, para outros os flashes ubíquos direcionados para a estrela que se é, aparenta ser ou ainda deseja ser, valem mais até do que as cédulas que possui dentro de seu mundo não muito profundo. Qual tem mais valor?
Mas isso tudo trata-se ainda de um plano mais sublime de beleza. Se a parte física que é de interesse dos que leem esse texto, não é preciso nem comentar a diversidade existente no catálogo pessoal de cada ser vivente. Cada um frequenta seu restaurante favorito e come seus pratos favoritos. Lógico que alguns terão gostos parecidos, mas as chances são as mesmas que de coincidências rotineiras. Portanto, como o amor pela anatomia alheia dispensa comentários, prossiguemos com dicas para como manter uma vida saudável para todos que não sabem o que pedir para a vida depois de tudo o que leram até agora.
Não se pode denunciar o restaurante de um amigo simplesmente porque ele entra em êxtase com o estoque que possui. Isso não é da sua conta se você não o frequênta, deixe para que a vigilância sanitária faça alguma coisa, se é que ela pode fazer algo. Lembrando que ainda se trata de um amigo. Como usufruir do estoque de um restaurante cujo o único cliente é o próprio dono pode ser um crime? Na verdade isso nunca foi um crime, até porque, mesmo se houvessem mais clientes e o dono quisesse os manter, bastava comprar mais estoque para eles, porque se não ele não teria comida para sua clientela. Óbvio como uma pera. Estúpido como ketchup.
E esse amor todo, quase que incondicional que sacia seu desejo mais ardente, seja no plano físico, mental ou espiritual, apenas deve ser o que é e deve ter permissão para que molde o corpo carente de quem tem o dom de desejar.
Para finalizar, como um excelênte nutricionista que sou, deixo aqui uma dica: evite abusos e busque sempre uma alimentação saudável, quase que divina. Go after your shiny apple from heaven and you won't suffer and fail. Apenas permita-se engolir tal alimento tão gratificante. Se quiser, óbvio.

sábado, 17 de julho de 2010

Fama

Cabeça baixa com olhos nas sombras, mas que tudo veem em seu caminho. Caminho incerto para um local conhecido: rota rotineira que sempre é imprevisível, assim como todo o despertar cotidiano de uma vida.
Antes de partir pensa em sua farda monocromática como alternativa de sua marcha majestral, mas opta pelo indesejável, tornando-o um improviso perfeito. Tudo fica perfeito e vira tendência.
A confiança em forma de passos, a ação, o verbo que, apesar de não ser divino, guia um caminho aleatório de uma alma que acredita em seu trabalho. É também uma cortina recém obtida após inspirações de horas de leitura, de um despertar para um plano maior.
E com tudo nos eixos, o trem em seu trilho, o destino apenas corre na mesma velocidade que os slides de um filme, o filme do universo. Aquele que é uma coletânea de todos os outros. Inclusive do que está sendo registrado aqui, agora.
Já na passarela de encontro de várias energias, onde papéis coloridos compram ouro e almas, a trupe de deslocados enfim se une e desfila até sentar em um ambiente com criaturas hostis, coloridas e onde há um espetáculo principal de entertenimento que rouba a visão de todos. Pelo menos em teoria.
Após tal Deja Vu por parte de alguns, carboidratos e proteínas, porém muito mais carboidratos, são atropelados por palavras no cruzamento. O esquema de sempre: frases saem e nutrientes entram, pulando na piscina de suco gástrico. Mas junto das frases, aqueles produtos de cócegas também flutuam na atmosfera e são o verdadeiro espírito de todos. RS.
A próxima invasão foi na casa dos contos e informações. Então uma viagem passando por códigos penais, arte, espíritos, design de jóias, pornografia e psicopatas só acaba quando a lua apita. Eis que surge a brilhante idéia de, no caminho de volta para casa, registrar o momento épico de glória em forma de rock pixelado na janela de uma maçã comida, seguida de um trovão na porta que se encontrou com a caixola do desmiolado. Único pensamento: será que isso estragou seu melhor acessório?
Um pouco mais de pornografia verbal e o encontro com os paparazzi acaba. Volta para a limo de cabeça erguida. Mas amanhã tem mais. O show nunca acaba. Muito menos a fama de quem o produz.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Foco

Expandindo o coração e mente às estrelas, onde o infinito é mais azul, há um fluxo a ser seguido que, o tempo todo, deixa brechas, só percebidas por aqueles que às procuram. Eis que os que as acham começam a cair no espaço, na aleatoriedade, no vazio e a lupa de seu terceiro olho embaça.
Objetivos sem motivos e em forma de algodão doce são dispostos em rotas distintas no lugar de núvens de verdade, criando ilusões. Artifícios para não ver o caminho cheio de obstáculos são mais saborosos, mas saibam que é tudo artificial, pois o suco extraido de contorcionismos e esquivas são divinos. Só não é divino nesse mundo ir para a direção errada quando se conhece a certa.
Ter fé sempre nas atitudes científicas da vida tomadas é a melhor opção que o livre arbítrio pode proporcionar a alguém. Apenas marche para o destino final que escolheu após essa meditação coberta de razão e consciência e esqueça os enfeites de porcelana que o seu amor sem valor lhe deu ou as festas super legais onde o sociômetro individual aparentemente aumenta... É tudo superficial, efêmero e quebravel.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Momentâneo

Quem procura acha: essa é a moral da história. Que história!!! Não entendo nada mas sei que faz sentido. E isso me encanta!!! Tento encaixar as pessas.. Me dá igual... "Isso é espanhol"... E o desespero vem: como vou prosseguir? Cadê o apoio??
Ainda bem que inspirações e estudos estão aí. Livros e mais livros, músicas e mais... Imagens? E por que não, de vez em quando, uma junção de tudo, tudo ao mesmo tempo? Ah, já chamam isso de vídeo... Mas e tudo isso junto? Ao vivo? É vida?
O que é, já é, o que não, não importa... Cria um sentido!! Coisa mais bonita que é criar, inspiração divina, arte... Tudo parte da linha do tempo insana, que sai de nossos ouvidos, nossas bocas e nos enrolam, nos enforcam até a última respiração... [Droga tropecei no planejamento, não fazia parte dos meus planos...]
Então é isso!! Que a ave dourada voe nos céus de nossas cavernas mais profundas e azuis, onde a água turva nos é cristalina e o caminho de pedras espaçadas nos levam à lâmpada mágica... Ei, isso é plágio!! Mas quem se importa? Não seria inspiração? De onde vem tal comparação? Menta criança que não tem o que imaginar, rasga tudo de birra só pra contrariar... Não desfruta da fruta mas a deixa apodrecer com o amargo veneno de uma mente infectada. Podre. Jogada pelos ares pela sociedade rejeitada e ditadora.
Salve mais uma vez a rainha!!!