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sábado, 17 de julho de 2010

Fama

Cabeça baixa com olhos nas sombras, mas que tudo veem em seu caminho. Caminho incerto para um local conhecido: rota rotineira que sempre é imprevisível, assim como todo o despertar cotidiano de uma vida.
Antes de partir pensa em sua farda monocromática como alternativa de sua marcha majestral, mas opta pelo indesejável, tornando-o um improviso perfeito. Tudo fica perfeito e vira tendência.
A confiança em forma de passos, a ação, o verbo que, apesar de não ser divino, guia um caminho aleatório de uma alma que acredita em seu trabalho. É também uma cortina recém obtida após inspirações de horas de leitura, de um despertar para um plano maior.
E com tudo nos eixos, o trem em seu trilho, o destino apenas corre na mesma velocidade que os slides de um filme, o filme do universo. Aquele que é uma coletânea de todos os outros. Inclusive do que está sendo registrado aqui, agora.
Já na passarela de encontro de várias energias, onde papéis coloridos compram ouro e almas, a trupe de deslocados enfim se une e desfila até sentar em um ambiente com criaturas hostis, coloridas e onde há um espetáculo principal de entertenimento que rouba a visão de todos. Pelo menos em teoria.
Após tal Deja Vu por parte de alguns, carboidratos e proteínas, porém muito mais carboidratos, são atropelados por palavras no cruzamento. O esquema de sempre: frases saem e nutrientes entram, pulando na piscina de suco gástrico. Mas junto das frases, aqueles produtos de cócegas também flutuam na atmosfera e são o verdadeiro espírito de todos. RS.
A próxima invasão foi na casa dos contos e informações. Então uma viagem passando por códigos penais, arte, espíritos, design de jóias, pornografia e psicopatas só acaba quando a lua apita. Eis que surge a brilhante idéia de, no caminho de volta para casa, registrar o momento épico de glória em forma de rock pixelado na janela de uma maçã comida, seguida de um trovão na porta que se encontrou com a caixola do desmiolado. Único pensamento: será que isso estragou seu melhor acessório?
Um pouco mais de pornografia verbal e o encontro com os paparazzi acaba. Volta para a limo de cabeça erguida. Mas amanhã tem mais. O show nunca acaba. Muito menos a fama de quem o produz.

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