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terça-feira, 27 de julho de 2010

Névoa amorfa e invisível que esconde tudo que tem um real valor

Um dos maiores erros que a humanidade vive cometendo é o de enxergar um átomo. É entender um átomo. Além de ser um erro, não tem graça. Perde-se todo o sentido quando se tenta. Sentido de ser, sentido de estar. E aquele famoso vazio, que nos é íntimo e muitas vezes achamos que é pessoal, preenche até transbordar um corpo sem matéria, um corpo desfigurados pela própria ousadia de querer desvendar o átomo e seu mistério. Mistério esse, que nem é exclusivo do átomo e vive escondido, atrás de moitas, pedras, nos bosques e nas gotículas de água presentes no sereno. A perfeição do desconhecido conhecido por todos.
Esse desconhecido é único e ubíquo. É a essência da água, é a canção da natureza que ressoa como a brisa que se espande para o universo e seu vasto infinito. Infinito porque não se sabe de nada. A partir do momento que se sabe tudo, tudo já não existe mais, nem que tudo sabe. A excitação desaparece e tudo o que citei anteriormente também. É tudo vão.
Mas sabiamente, vários muros foram contruidos para impedir que esse apocalipse chegue algum dia. Se ele chegar, será de outro modo, mas nunca porque um infeliz deteve toda a informação que desejava. Ele sempre será infeliz e morrerá em outro apocalipse caso não mude sua filosofia e simplesmente sinta os números que calcula, beba toda sua soda cáustica e leite de magnésia com cobertura extra de células e seus DNAs. Enquanto produzir todo esse armamento em busca do proibido que faz o fluxo cósmico girar, o infeliz semrpe será infeliz e ponto. Se quer mudar, o primeiro passo seria conformar-se.
Agora, também não é porque temos raiva ou dó do infeliz, cego pela sua sede de experimêntos que desafiam o próprio mistério, que devemos rotular (aliás, outro grande erro da humanidade) a vontade sadia de vestirmos uma capa, chapéu e uma lupa. Essa nossa fantasia, que nasceu no mesmo dia que alguém nasceu, não passa de uma fantasia. Não nos tornaria um profissional. Não nos torna Deus. Logo, ela é saudável. Aliás, é recomendável que se use-a! Pena que nem todos notam que dentro de seu baú existe tal roupa. E pena que alguns que notam, já querem trocá-la por outra de cientísta e depois uma fantasia falsificada de Deus.
Acho que a mãe desses últimos não educaram seus filhos direito. Não colocaram limites. Apenas mimaram e mimaram e mimaram... Quando viram, já eram monstros! Isso que dá, comprar fantasias falsificadas... Pirataria é crime! Se não se pode ter uma fantasia dessas, então que não a tenha! Essa mania de querer possuir o que não pode, na agridoce ilusão de que é mais malandro e que tem o que se quer... Apenas ilusão... Apenas contribuição para um crime maior, um crime que não se vê. Crime semelhante ao de tentar desvendar um ovo, sua mãe e seu conto. Só que esse último é pior. É o erro humano que estava falando sobre antes de começar a explicação sobre as fantasias.
Agora um vazio preenche minha mente e a torna vazia. Perdi a linha. É como uma sala cúbica, toda branca e impossível de se codificar. Ela mexe um pouco suas arestas e a área da superfície próxima a elas. Foi o que passou pela minha cabeça. Assim como uma pomba branca passa pelo céu azul com núvens. Tudo tão mundano. Tudo tão cheio de máscaras já usadas em outros tantos carnavais... Também frutos de humanos. É tudo parte de um código que só faz sentido para quem o criou. E que na verdade é uma farça, cobrem com seu véu refletor todo o resto, toda a nudez existente no ser e estar puros. O que é bruto já está lapidado. Já não tem mais sua função de simples pedra bruta, feia. De pesar sobre o solo, de rolar tortamente devido a suas perfeitas formas deformadas. É tudo tão perfeito. E não se sabe o motivo da perfeição de tudo e nem como foram para onde chegaram, onde estão e onde sempre estiveram. É o mistério a não ser desvendado. Porque, todos que são felizes sabem: nem tudo foi criado para ser descoberto. Não do jeito que se pensa que deve se descobrir. Esse jeito errado que todos acreditam ser o certo, não passa de uma ilusão de uma vida fútil na tentativa ridícula de se aumentar o que já está grande de mais. De que jeito então? Como se descobre de maneira correta se o modo que sabemos é errôneo e sem saída? Bem, isso é segredo. E esse segredo é tão bem guardado que nem eu mesmo sei. Ainda estou procurando com a minha lupa. Mas não do mesmo jeito que os infelizes a usavam: a lupa deve ser usada com o terceiro olho. Só assim se descobre o caminho até o fofoqueiro que contará o segredo, a Verdade Absoluta.
E os que a conhecem não contam a ninguém. Não pode, é pecado! Nem Deus pode contar para alguém, mesmo que em forma de inspiração ou milagre, porque é pecado contra ele mesmo! Pecado contra quem descobre o segredo sem antes ter investigado as impressões digitais e pegadas do fofoqueiro. Pelo menos eu sei onde ele mora: na caverna mais profunda do organismo de quem procura. Talvez no estômago? Não, muito sujo, ph muito baixo, estofado de pecado. Talvez o miocárdio ou o cérebro. Com certeza em algum lugar onde haja algum centro magnético vital. Talves em todos eles. Talvez na união de todos eles junto da inocência e real felicidade de apenas sentir e provar um pouco do mistérios que nos rodeiam, esses safados indecifráveis que fazem questão de nos iludir. Nos fazem acreditar que devem ser encontrados, como uma brincadeira de esconde esconde. Mas na verdade estão em esconderijos de terroristas. Pelo menos sabemos seus nomes. Sabemos que estão mais perto do que imaginamos. Mantemos relações a longas distâncias, contato telepático - outro enigma porém mais palpável.
Quando o momento certo chegar, o encotro tão esperado acontecerá. Forçar algo antes da hora pode ser trágico. É como parir um bebê com uma barriga de apenas 2 meses. Certeza de que não vingará. Mas para que a pressa? O caminho é tão bonito, há tanto do que se quer conhecer no caminho... Quer coisa melhor do que observar o tempo todo o que se deseja conhecer? É como um safari com animais selvagens - mistérios selvagens. Tudo é mistério. O mistério é tudo. Só é trevas quando não se deseja desvendá-lo. Só é apocalipse quando é desvendado. Se não o sentido criado por eles mesmos some. Eles são Deus. Deus é o maior mistério. Deus é tudo. E tudo é uma coisa só. Que serve pra quê? Para onde vai? Ah, esse segredo... O próprio tudo tenta desvendá-lo até hoje. Eu acho. Chute meu. Nem sei de nada. Só reflito enquanto busco algo.
Seria eu um espelho do mistério? Ele me vê como sendo ele? Seria eu entao um mistério? Ou, pelo menos, como um instrumento que o reflete? Qual é a função de um espelho? Qual seria o reflexo de um mistério? Seria amorfo e transparente? Ou isso é apenas um mito? O que são essas perguntas? Onde estão suas respostas? Isso é mistério? Isso é o reflexo do mistério, existente graças a mim, um agente refletor de sua imagem? Qual é a dimensão de tudo isso?
O vazio me bate novamente. É um choque. Dessa vez mais rápido. É aquele velho e conhecido vazio lá, sabe? O mesmo de quando perguntamos por que estamos aqui e... Ah! Seria o vazio o resultado da reflexão de mistérios que, por serem impossíveis por excelência, dão o vazio em formato de resposta? Seria o vazio a única resposta possível e tangível ao pensamento terreno? Ou, como um feitiço, apenas um artifício para ocupar nossa mente com o vazio e desviar nossa atenção para que assim nunca alcancemos a verdadeira respota? Seriamos dígnos da resposta certa?
Nos restam palpites, teorizações e a vontade de aprender o que está ao nosso alcance... Mesmo que nem tudo o que está ao nosso alcance faça sentido.
Acho que caminhei para um caminho muito iluminado. Voltemos para a neblina mais escura, onde os mistérios saem para brincar e onde o aventureiro pisa no desconehcido... Pronto. Assim é mais divertido!

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