Pesquisar este blog

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Enigma - Return To Innocence

Love - Devotion
Feeling - Emotion

Don't be afraid to be weak
Don't be too proud to be strong
Just look into your heart my friend
That will be the return to yourself
The return to innocence.

If you want, then start to laugh
If you must, then start to cry
Be yourself don't hide
Just believe in destiny.

Don't care what people say
Just follow your own way
Don't give up and use the chance
To return to innocence

That's not the beginning of the end
That's the return to yourself
The return to innocence
Apenas.

Intensidade ao extremo

Me pego sem chão. Meu rumo se perdeu no embaraço de uma mente fuzilada por lágrimas incontroláveis, fruto de um sentimento traiçoeiro que é o sofrer. Foi tudo muito intenso. Desde o começo.
Quando eu topei me adentrar nesse tal mar, não sabia que estava mergulhando de cabeça cada vez mais fundo e que seria tão cheio de tormentas e tempestades. Para mim era apenas uma experiência: se deu, deu, se não, paciência. Sentia até que não estava tão imerso quanto minha companhia... Me preocupava um pouco, me sentia frio.
Porém conforme o tempo passava, eu me identificava cada vez mais com aquilo tudo. O amor havia florido em mim. Eu me apeguei. Adotei uma criança.
Tentei cuidar com muito amor da melhor maneira possível, tentei educar do jeito que eu achava que seria melhor. Errei muito tentando acertar. Parecia uma criança velha, com conceitos enraizados e teimosia o suficiente para não concordar comigo. Foi difícil. Talvez eu não estivesse preparado. Compensaria, eu aguentaria isso até quando?
Mas eu não desisti. O amor sempre é maior. Maior que tudo. Eu não desisti.
Bati a cabeça, errei, persisti no erro, peguei prática em repetir erros, apanhei, me desgastei... E o que ganhei? Nada. Não queria algo em troca. Para mim tudo valeu a pena. Não me arrependo de nada, faria tudo novamente. Com tudo isso aprendi muito. Acho que também ensinei. Ganhei presentes divinos. Fortaleci o amor. Eu só ganhei coisas muito boas, memórias inesquecíveis que sempre guardarei no coração. Sempre.
Voltando à história... Um dia a criança se separou de mim por um tempo, depois de toda a convivência intensa. Porém eu, antes de viajar, sempre dividia minhas mágoas e pedia conselhos de adultos. A outra guardava tudo. Enquanto eu aliviava meu sufoco e me fortalecia, a outra respirava seu próprio ar, fechada em um quarto sem portas e paredes. Quando esse quartinho explodiu e pelo buraco entraram alguns mais velhos para ajudar a criança, ela cresceu. ela mudou. O sentimento mudou.
Então a mudança fria junto da distância glacial fazia meu coração ficar cada vez mais quente para manter vivo tudo que acreditava ser bom. O amor só cresceu. Quando eu encontrasse minha criança mais uma vez iria esmaga-la em meus braços, tudo voltaria ao normal, porém melhor. Os dois pareciam ter crescido.
Porém no dia do reencontro, o inesperado: a criança... Digo, a ex-criança já me olhava com outros olhos. Quis sua independência. E acabou roubando meu chão.
Durante meu desnorteamento, não pude defender o que eu acreditava. Marquei um encontro com a ex-criança. Pontuei tudo que eu tinha para expor, usei todas as minhas armas para mostrar que agora tínhamos tudo para dar certo, principalmente porque conseguíamos olhar para trás e reconhecer nossos erros, agora era só não cometê-los novamente. Missão nível fácil. Mas nada foi o suficiente porque não existe ainda um modo de mudar o sentimento. Não havia mais a magia. Houve um processo de metamorfose e o amor era outro. Então, como se não bastasse perder o chão e estar caindo no abismo, eu perdi o abismo. Estava imerso no nada. Eu era nada.
Eis que mais uma vez meus guardiões e protetores adultos mostraram-me mais uma vez o caminho iluminado e eu me aliviei. Estava me preparando para uma nova vida e para o que eu enfrentaria.
Porém... Vocês sabem... Quando você acha que está tudo certo, que já viu de tudo, o inesperado ocorre. A ex-criança havia mentido. Então percebi que não era a ex-criança. Na verdade nunca fora. Foi sempre e simplesmente a criança. E não sei se contei um detalhe, mas eu também sou uma criança (talvez isso esclareça muitas coisas). Eu também cometi faltas que sufocavam. Quando o gênio de duas crianças que pensam diferente uma da outra batem de frente, fica difícil. Mas eu conseguia lidar com isso. Tanto é que estava disposto inclusive, se preciso, passar por todos os perrengues que já passei novamente, tudo de novo. Eu enfrentaria todos os monstros da outra criança sem nenhum medo, caso fosse necessário, caso insistíssimos em reencontrá-los mais vezes, mesmo já sabendo como desviá-los. Mas a outra não. Confessou que esses monstros deixavam-na com medo. Medo o suficiente para correr, me abandonar, me ver com outros olhos.
Por que uma tinha coragem e estava crente que não precisaria enfrentar essas coisas novamente e a outra teve medo e por isso transformou seu sentimento? Talvez então não fosse uma mentira como a criança falou pra mim que era. Não existe a mentira. Só a verdade de que o amor não é o mesmo e isso basta. Não houve mentira. Talvez nunca tenha tenha havido amor de verdade...? Dizem né que quando o amor acaba é porque não era amor de verdade. Bem, o meu não acabou.
É que para mim, amor não é apenas dizer eu te amo, escrever textos, canções e poesias quilométricas, não é cobrar e ter que estar grudado um do lado do outro cem por cento do tempo. O amor é sublime. É paciente. Não cobra. Respeita. Compreende. Compartilha. O amor doa. Não é apenas palavras, é ação. Ele nunca vai embora. Ele é universal, é a força neutra que rege tudo. Ele aponta a verdade, mesmo que aparentemente seja ruim, porque a veradade nunca é ruim. Quando precisa, o amor deixa de passar a mão na cabeça. Ele até xinga na sua cara. Porque o amor só quer ver a felicidade. Amor é a vida. Amor é Deus.
A teoria por si só é cinza. Palavras nada valem se não acompanhadas de ações, da prática. sabe o ditado "Faço o que digo, não faça o que faço"? Pois é, está errado. Se você um dia disser isso, mexa-se para que deixe de ser verdade a tal frase e faça o que você diz.
Continuando com as duas crianças... Eu não sei se entendi certo, mas deu a parecer que mesmo que o sentimento tenha mudado (da outra criança), parece que ela ficou na dúvida e, como em um ato ultraromântico exagerado (para variar rs), ela quis que os dois se sacrificassem agora no começo e seguissem rumos distintos porque seria melhor para os dois, mesmo que eles se amassem e quisessem ficar juntos. Para mim, se isso é verdade (o que soa bem mais como mentira do que o que a criança havia dito anteriormente para mim rs), é papo de louco. Como isso pode ser o melhor se queremos ficar juntos e estamos (eu pelo menos estou) disposto a melhorar tudo e crescer junto com a outra? Que ousadia é essa de dizer que isso é o melhor para mim? Que tipo de pensamento é esse? Para que complicar? De onde tirou que tinha medo de enfrentar todos os problemas que passamos antes e isso era um desincentivo? Por que pra mim era o contrário, um incentivo? Será que só eu quero mudar e tenho capacidade o suficiente de administrar esses tipos de coisa? Será que a outra criança é tão cabeça dura e orgulhosa o suficiente para não querer mudar e errar os mesmos erros novamente porque é inflexível demais? Claro que não! Ela é super capaz, eu acredito nela! Mas ela aparenta estar perdida... Olha a bagunça formada...
Só sei que estou aqui para o que der e vier, nunca vou abandoná-la, já expliquei o que é amor. só quero ajudar. Quero vê-la crescer. Gostaria muito de fazer parte de sua vida. Nada nessa vida é definitivo, não podemos ter certeza de nada, tudo pode acontecer. Deus tem planos maiores para todos nós. O que tiver de ser, será, não me importarei mais com isso. A única certeza que tenho é que um dia todos nós morreremos. E o que levamos disso tudo? Bem, eu já coloquei tudo nas minhas malas...
Enquanto isso, só resta esperar. Meu coração tem a eternidade.
Te amo, beijos.