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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Pequeno segredo

Pior do que ter um pesadelo é acordar de um sonho onde todo sentimento puro de amor envolve e penetra na matéria, na alma, transborda do sonho e cobre amantes.
Amantes que se conversam, amantes que se olham nos olhos, amantes que se amam, amantes que não existem.
Então as bolhas se desmancham e o que era dois vira um. Não é mais par.
E como último grito de esperança resta verificar se a música que se escuta no momento realmente é real. E de fato é. A melodia é de um solitário violino.
A rotina de amar os outros com os olhos continua. Outros que nunca olharam com o mesmo olhar que o de um louco, perdido em um sentimento que era para ser rosa e se torna preto, uma ausência de luz.
Não que isso reflita a verdade para toda a eternidade. Mas por enquanto é isso que resta quando as chances de se encontrar em alguém são divididas múltiplas vezes por conta de problemas e fatos qu existem antes mesmo do sofredor alheio.
E isso tudo, ninguém mais precisa saber. Ninguém mais quer saber. Ninguém mais se importa. Ninguém mais tem ouvido. Ninguém nunca te compreenderá. Ninguém nunca passará pelo que passa o desiludido.
Ainda bem que é só mais uma queda depois de uma onda. Pela manhã o mar voltará a ser o mesmo. Calmo.
Logo a realidade volta a ser real e a dor de um despertar já não importa mais.
Aliás, amor que faz sofrer não é amor. Também não importa. Vai ver a missão do solitário é ser solitário e está tudo bem. Sério.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Coisa engasgada

Por que algumas pessoas gostam de plantar, cultivar e colher ódio? Por que não conseguem ver o lado belo das coisas? Ou pelo menos não tentam? Realmente, não somos obrigados a gostar de tudo que vemos. Então mesmo depois de ter tentado ver o aspecto positivo sobre algo e não conseguir enxergar NADA, podia haver pelo menos RESPEITO.

Aceitar as coisas como elas são faz parte da vida. Não quero dizer que devemos ser conformistas e concordar com tudo. Porém coisas que já passaram, não pertencem mais ao agora. Logo, se causam sofrimento ou algo parecido, não merecem ser cultivadas.

E a partir de agora, toda vez que você deparar-se com algo que não condiz com o teu gosto, crença ou whatever, respeite, aceite. Do mesmo jeito que você gostaria que fizessem com você caso um dia encontre-se em uma situação onde você é diferente dos outros. Olha só como o mundo não seria melhor?

"Ah, mas é natural do ser humano cuiltivar esse tipo de sentimento. É humano. Propor uma situação utópica onde o mundo é um lugar perfeito e todos agem com amor e paz no coração é ridículo. Fora que seria uma chatisse e não há amor onde não há ódio e etc etc etc" - Mano, olha o que você está dizendo. A partir do momento que você pensa desse jeito e nem ao menos tenta praticar o bem, como podemos ter uma esperança? Realmente não dá. Tudo começa dentro de nós.

Outra coisa, esse lance de que "isso é humano". Se isso é humano então eu estou lutando contra a minha natureza e nunca conseguirei alcançar a minha tão almejada "perfeição", afinal, eu sou humano e não controlo o que sinto, é inevitável, não é? Ok, eu não ligo. Se for preciso lutarei até o final contra o inevitável, nesse caso. Eu realmente acredito que o mundo seria um lugar melhor se todos agissem dessa forma "não humana". E se eu tenho essa vontade e me esforço, porque outros não podem?

"Ah, agora você está se contradizendo, pois falou para aceitar as coisas como são. Simplesmente aceite isso e vá viver". Não, pois isso é o que você acha que é natural. Como eu disse, não podemos ser conformistas. Aceitar uma situação que já passou é uma coisa. Abaixar a cabeça para que o ego domine é outra. O ódio como sendo uma coisa natural é uma ilusão criada há muito tempo pelo ego humano. Nenhum outro animal em seu ambiente natural sofre com isso. Devemos buscar nossa verdadeira essência onde nada disso existe. TENTE e verá.

E com relação à suposta "chatisse" caso tudo fosse bonito perfeito e maravilhoso. É mentira. Isso é argumento para quem gosta de coisas ruins, para quem gosta de elevar seu ego. Realmente, onde não há ódio não há paz. Claro, pois a paz seria algo tão óbvio e natural que não faria sentido. Mas também temos que pensar em uma balança. Se ela está equilibrada, não há movimentação. Alguma hora em nossas vidas temos que passar por algum extremo, o equilíbrio total não leva a nada. Então olhe agora ao seu redor. Não acha que estamos experimentando coisas ruins demais? Já não está na hora de ver o outro lado? Eu pelo menos não aguento mais. Eu nasci em uma sociedade pronta, que já estava assim e parece só piorar. Eu não quero isso pra mim. Não vou ficar quieto enquanto não fizer o que acho que é certo.

Ligue a sua TV (só cuidado para ela não derreter ou roubar o seu cérebro rs) e veja: pessoas matando outras por causa de jogo de futebol, pai que mata filha, filha que mata os pais, pessoas que se matam porque "acham" alguma coisa, roubos de governadores que ao invés de pensar no país e nas pessoas que vivem nele usam o dinheiro para ficarem mais ricos, PESSOAS DESTRUINDO A NATUREZA PARA FICAREM MAIS RICAS...

A troco de quê? O que ganham com isso? Você realmente não se importa com isso? Realmente vale a pena? É o que você quer? Está orgulhoso? EStá acordado de verdade?

Espero que NÃO.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Eterno Inverno

Uma nevasca cai de todos os lados
Da escuridão do céu
Me cobre até
Até o topo
Estou quase morto

Sozinho enquanto uma avalanche
Me desabilita por um instante
Não posso ficar
Em uma lembrança
Tudo parte da pura "ingonorânça"

Cristais de gelo cortam cada vez mais
Letais são sempre os irracionais
Que me separam de mim
E até esqueci
Por que estou aqui?

Sinta a minha mão pois eu já não consigo mais
Meu próprio calor já não me satisfaz
Congelo no frio eterno
E agora
Ilusões assumem grandes posições
O irreal é o centro das atenções
Estou cego neste inverno

Eterno inverno quase me fez esquecer

Eterno inverno que me faz...


Onde achei que não veria grau zero
Solidificou um gélido inferno
Tropical ficou resfriado
O que houve?
O que há de errado?

A neve cai sem parar
E parece que nunca vai acabar
O branco é
Infinito vazio
Indomável criado por quem o viu

O cinza em mim já não me fere mais
Letais são sempre os irracionais
Que vieram acabar
Acabar com tudo
Afinal o que restou do mundo?

Sinta a minha mão pois eu já não consigo mais
Meu próprio calor já não me satisfaz
Congelo no frio eterno
E agora
Ilusões assumem grandes posições
O irreal é o centro das atenções
Estou cego neste inverno


Eterno inverno quase me fez esquecer

Eterno inverno que me faz querer voltar

Onde estão os dias de verão?
Vontade de ensinar?
Vontade de aprender?
O Sol a iluminar?
Fogo a aquecer?
Vontade de ficar?
Vontade de viver?

Viver...
Viver...
Saber...

Viver e ver tudo de novo!

Segure minha mão pois agora eu já posso ver
Meu calor faz glacial derreter
Há uma chama no meu interno
E no final
Ilusões desintegram com novas visões
O irreal é de nulas dimensões
Primavera derrubou o inverno

Eterno inverno acabou de acabar
Eterno inverno perdeu seu lugar