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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Inspiração de escrever não sei o quê. Queria estar grávido para ter um desejo fixo em minha mente e simplesmente perseguí-lo insaciavelmente até afogar meus olhos em palavras que dariam orgulho.
Nesse momento a inspiração vem como que imediata, na mesma frequência e agilidade que os pulsos nervosos de meus neurônios. E ao mesmo tempo em que cada palavra nova do que escrevo surge no nada, da própria inspiração.
É tudo tão inútil ao mesmo tempo que necessário. Essa vontade de expor um brilhantismo que me escapa como um vagalume, escrever depois de banhos de inpiração... Seria isso carência? Pena que o vagalume eu já perdi de vista. Terei que voltar a procurá-lo assim como um pedaço de banana cortada escondida debaixo de bolas de sorvete de uma banana split. Mas já repararam o quão melhor ela fica? É como se o doce do sorvete, misturado com a doce excitação da descoberta de um tesouro soterrado, elevassem o valor escondido, interior de uma banana. Uma simples banana. Uma fruta que é tão simples e abundante, passa despercebida... Não chega a ser a favorita. Mas é que seu talento é de se misturar com os doces. Doces... Tão nobres... Acabam destacando a banana sem graça. Banana essa que merecia, no lugar do morango, o posto de fruta que melhor combina com doces. Salada de fruta sem banana não é salada de fruta. Acho que é porque elá é meio sem graça, meio pepino, meio chuchu... E talvez essa seja a graça. E é isso que eu acho e pronto.
Depois de tal interrupção após o desabafo de uma paixão pela banana (seria isso um desejo? Estaria eu grávido?), voltemos ao que eu escrevia. A sim, a obra prima que está prestes a nascer. Acho que marcarei um dia para parir. Ou virá naturalmente? Ó dúvida cruel, por que insiste em me acompanhar o tempo todo, a vida toda? Deve ser a falta de atenção que tenho, mesmo que sem querê-la. Ignoremos. Pulemos tais galhos secos e prossigamos o caminho de pedras roxas em rumo ao maravilhoso reino de... Assombrações? Não, de promessas maravilhosas e inocências jamais desbravadas antes, virgens, puras e cristalinas como a fina gota que cai em um lago puro e transparente, quase que invisível dentro das cavernosas mentes congeladas. Da minha mente congelada. Talvez por ter esse clima é que alguns fantasmas se manifestem de tempos em tempos...
Apenas uma confsão básica. Enfim... Ah! E se soltasse das pontas de meus dedos uma epopéia épica? Tipo, uma aventura assim... Sabe? Aquela em que se tem um personagem... Já sei: um personagem sem nome. Não anônimo, muito famoso. Apenas não muito conhecido, mas que sente uma força bruta como diamante de explodir em idéias que choveriam anos e anos, inundando o mundo e obrigado a sociedade a construir uma arca, dessa vez não de Noé, mas sim uma arca da salvação. Pena que nem todos cabem dentro dela...
Reticências... Reticências... E reticências... E assim passa o tempo e junto as idéias que, de filme passam para palavras. Engraçado não? Normalmente livros viram filmes e não o contrário. É que as pessoas estao perdendo a capacidade de ler. Não de ler, porque isso muitos conseguem (não todos, o que é uma pena para quem realmente quer se inserir no mundo da cultura humana). Mas sim de leeeeeeerrrrr.
A partir do momento que a pessoa descobre o novo e substitui o antigo ultrapassado, quando se perde o recém novo e a pessoa se vê na obrigação de ter que utilizar o velho novamente, ela sente falta do novo e acha tudo impossível. Mas então como ela sobrevivia antes, quando o velho ainda era novo? Isso é ingratidão.
Engraçado como perdi a noção do tempo... Talvez porque ele nem exista de fato. É apenas usado para organizar a mente perdida do homem, que precisa criar coisas e coisas para dar sentido a sua vida solitária e sem sentido. Não que tudo nada faça sentido. Não que esse texto e quem o lê sejam apenas icógnitas descartáveis inseridas dentro de um gráfico infinito. É que dá muito trabalho explicar para quem não quer entender qual é o verdadeiro sentido, a resposta de tudo, a Verdade Absoluta. Ela que corra atrás se estiver interessada.
Nesse ponto, esse de aqui, agora, já é corajoso quem nele chegou e se atreve a ultrapassar. Muitos desistem antes de começar, quando se dão conta da extensão do caminho que teriam que percorrer. Mas você que lê isso, isso mesmo, essas palavras aqui, já está no final e por isso meus parabéns. É uma pena que nem sei quais e quantos foram os heróis que chegaram até o fim e aqui estão. Talvez nenhum e o mal reine e viva feliz para sempre. Enfim... Apenas me despeço e oferenço-lhes, como prenda, minha hulmide gratidão e esse texto que acabou de nascer. Falta só um nome, que ainda não me decidi qual será. Será o nome que o mundo quiser que ele tenha. E que assim seja. Amém.

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