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sábado, 4 de junho de 2011

Chega

Quando você não consegue ser você mesmo, você fica louco. Eu sempre fui louco, mas dessa vez eu fui um pouco longe demais. Me contorci para desviar de obstáculos e só facilitei para colidir com o indesejável. Aquele muro que todos temem, mas mesmo sem saber adoram bater de cara: o sofrimento.
Não nasci para ser racional. De vez em quando um pouco de noção é bom, mas ignorar o que o coração tem para falar... O coitado já está afogado em sangue, ainda é ignorado...
Aprofundei em minha loucura para ver se a curava e parece que só piorou. Estou abandonando essa missão.
Dói muito nadar contra uma correnteza criada por nós mesmos. Interpretar um demônio de nossas mentes é ainda pior. Usar uma máscara de demônio nadando contra a correnteza e mentir é o fim. Chega.
Voltarei aos dias de antigamente... Fingir que nada acontece. Até porque, se já aconteceu, já não possui nenhuma utilidade. Devemos passar por cima e continuar, apenas sendo verdadeiros de agora em diante. Tentar melhorar sempre. Voltarei ao dia em que conheci o facilitador de todo o meu pesadelo e tornarei esse momento real novamente.
E vou rezar.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Loucura

É, talvez eu mereça mesmo.

Existem coisas que acontecem e não mudam. Existem coisas que não dependem só de nós.
Às vezes o caminho é só de ida. Não há volta. Não há perdão. Não por parte de outros.
Mas talvez eu mereça isso.
Sou mau, exerço a defesa em forma de ataque ilógico. Onde eu fui parar? Quem é esse? Eu não sou isso, não mesmo.

Ou talvez seja a minha sombra crescendo... Talvez eu esteja imerso nela. Preciso voltar para a luz para deixa-la em seu cantinho, apenas projetada onde piso. Está faltando Jesus em mim, preciso perdoar.

Também preciso aceitar. Mais uma vez... Estou ficando louco. Louquíssimo. Simplesmente estou indo contra tudo que eu mesmo adotei para mim como verdade. Estou cometendo um dos maiores pecados. Estou fazendo o errado sabendo o que é o certo. Pior é perceber que estou acomodado. Me abandonei. Implantei em meu coração todo o mal que eu criei.

E o ataque ilógico... Quem estou querendo atacar mesmo? Como posso atacar alguém que não sente dor? Por que atacar alguém? Novamente... Onde eu estou?

E esse é o caminho que eu tomei. Consciente ou não, é onde eu vim parar. Sabe aquela sensação de tristeza, que tudo podia ser diferente e que por burrice, infantilidade, imaturidade, besteira, vício em sofrer você está em lugar que não queria estar? Conhece o ditado "Mais vale um pássaro na mão do que dois voando"? Pois é, no meu caso eu não tenho nenhum pássaro. E a tendência é só de voar e voar... Cada vez mais longe. Dou um passo no caminho do abandono, é o bater de uma asa.

Não há mais volta. Mas eu posso continuar. Posso mudar o caminho. Eu posso. Sem pássaro nenhum, mas posso. E não é porque estou sozinho que deixo de rezar pela minha companhia ausente. Mas cada um em seu novo caminho...

E por que teve que ser assim? Ah é, porque sou burro. Será que precisava ser assim? Ok, chega, estou me prendendo muito ao passado, o que já foi, já era.

Eu mereço tudo isso e ponto final. Seja o que Deus quiser a partir de agora e continuemos. Quem sabe o pássaro volta... Mesmo que só para cantar e fugir logo depois.

Eu não sei mais o que estou fazendo.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Em um jogo de xadrez

Em um jogo de xadrez
Começa com um plano
Troca peão por cavalo
E acha que vai ganhar

Em um jogo de xadrez
Muitas coisas acontecem
Você pode não as enxerga
E depois perder o controle

Em um jogo de xadrez
O tempo passa e nos esquece
O pensamento tolo amolece
E sonha acordado

Em um jogo de xadrez
Não sabe o que fazer
Quer jogar as peças para o alto
E sair em paz

Em um jogo de xadrez
Apela para a covardia
Move as peças sem pensar
E recebe xeque-mate

Apenas um jogo de xadrez
Descompassado e em conflito
Como a mente de quem joga
E a de quem escreve

Em um jogo...