Pior do que ter um pesadelo é acordar de um sonho onde todo sentimento puro de amor envolve e penetra na matéria, na alma, transborda do sonho e cobre amantes.
Amantes que se conversam, amantes que se olham nos olhos, amantes que se amam, amantes que não existem.
Então as bolhas se desmancham e o que era dois vira um. Não é mais par.
E como último grito de esperança resta verificar se a música que se escuta no momento realmente é real. E de fato é. A melodia é de um solitário violino.
A rotina de amar os outros com os olhos continua. Outros que nunca olharam com o mesmo olhar que o de um louco, perdido em um sentimento que era para ser rosa e se torna preto, uma ausência de luz.
Não que isso reflita a verdade para toda a eternidade. Mas por enquanto é isso que resta quando as chances de se encontrar em alguém são divididas múltiplas vezes por conta de problemas e fatos qu existem antes mesmo do sofredor alheio.
E isso tudo, ninguém mais precisa saber. Ninguém mais quer saber. Ninguém mais se importa. Ninguém mais tem ouvido. Ninguém nunca te compreenderá. Ninguém nunca passará pelo que passa o desiludido.
Ainda bem que é só mais uma queda depois de uma onda. Pela manhã o mar voltará a ser o mesmo. Calmo.
Logo a realidade volta a ser real e a dor de um despertar já não importa mais.
Aliás, amor que faz sofrer não é amor. Também não importa. Vai ver a missão do solitário é ser solitário e está tudo bem. Sério.
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