Pesquisar este blog

domingo, 9 de agosto de 2015

Cansaço...

É tudo tão incerto... Que me dá preguiça tentar imaginar como deveria ser o correto.
Eu já tentei, mas bate um cansaço, sabe? Uma vontade de apenas viver a latência propulsora do meu andar.
Às vezes parece até que não nasci para esse mundo, que a seleção natural esqueceu-se de mim e me largou cheio de fraquezas, bloqueios mentais e até celestiais. Tudo só pior quando olho ao meu redor uma espécie bestial que me irrita. Não queria fazer parte disso, não queria ter tanto apego e senso de dever com essa fraternidade quebrada. O que o mundo precisa mesmo é de um novo começo, porque o pessimismo já me tomou por completo e não vejo mais conserto para esse estrago todo. Desgastei a minha fé, eu, que sempre fui tão espiritual... Larguei a mão e assumi minha humanidade preguiçosa, meu pecado. Talvez isso represente minha ida direta para o inferno, talvez seja a minha liberdade enquanto tento sobreviver nesse lugar onde o sentido máximo da existência é incompreendido e passa despercebido pelos olhos dos que lançam suas lanças lá das alturas, sem se preocupar onde acertam de fato.
Desculpa, não sou melhor que ninguém, mas essa burrice alheia dá raiva. A revolta é tanta que deixo de me reconhecer, passo a ser um estranho inquieto, fiel à sua preguiça. Pior que eu sei disso e mesmo assim às vezes me entrego à ilusões bestas, a ponto de esquecer o que realmente importa. Mas a verdade é verdade e está lá para todos verem e aceitarem.
O que me reconforta é a morte, ao mesmo tempo que estressa, me faz querer viver com pressa nesse vagão cheio de sonâmbulos e eu tropeço sobre meus próprios pensamentos, sem conseguir sair do lugar. É como se eu tivesse que alcançar um posto muito elevado, mas meu pecado impedisse de  me mover, me bloqueasse a ponto de viver na matéria crua, sem nenhum evento fantástico ou sublime.
O mundano tomou conta de mim e, agora, me aproximo cada vez mais do que eu tanto repudio. É como se eu soubesse o que é certo e errado, mas, mesmo assim, optasse pela calúnia, tentando ignorar as consequências.
No final, a hipocrisia ganha, afinal, eu devia falar menos e fazer mais. E pode ser até que tudo isso seja exagero de minhas profundas meditações tomadas por energias depressivas, que eu cobre demais de mim mesmo. Mas acabo ficando cansado do mesmo jeito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário