Como odeio ser umano. Ser umano e o ser umano.
Ok... Não odeio. A verdade é que amo tanto, que seus defeitos e erros me deixam bravo, me entristecem, mesmo sabendo que são um mal necessário. O pior de tudo é quando os vejo em mim, ser errante.
Eu não entendo como consigo entender o que se passa comigo, identifico todos os problemas e mesmo assim não posso evitar de sentir o que sinto. Aquele sentimento umano, sabe? Aquele que temos dificuldade de admitir ou que não entendemos o motivo de sentirmos, apenas sentimos. E atrapalha. E vicia. E deprimi. E me transforma em hipócrita.
Eu não sei o que fazer quando um sentimento umano desses me ataca, me invade. Invade não... Brota de dentro. Acabo tendo raiva de quem tanto gosto, de quem tanto quero o bem...
Quando percebo que sou mais preguiçoso do que pensava;
Mais egoísta;
Mais carente;
Mais ciumento;
Mais irracional;
Mais sexual;
Mais frio;
Mais apaixonado;
Mais viciado;
Mais materialista;
Mais controverso;
Mais umano.
Uma hora quero isso, outra hora quero aquilo, quero os dois ao mesmo tempo, não quero nada. Quando vejo, já perdi tudo o que queria. O nada vira alguma coisa vazia e que, mesmo vazia, por alguma razão desconhecida, ainda quero. É minha umanidade.
Tentando refletir por que nasce esse nada dentro de mim e me faz querer o vazio, eu encontro o inexplicável inexistencialismo de minha umanidade paradoxal. Talvez seja a parte do recalque, da competição, da vontade de ser especial.
E as outras coisas mais importantes? Por que só uma pequena coisa que nem era para me deixar assim me afeta tanto a ponto de apagar o Sol? Por que, mesmo nunca estando sozinho, me sinto tão solitário? Por que às vezes nada mais faz sentido? E esse ar gelado e amargo que desce pela garganta e para no meu peito?
Bem... Se eu não projetasse tantas sombras, não estaria sob a luz, não? Mesmo sabendo que meus defeitos estão ali e me seguirão até o fim, acho que o melhor seria me virar para os pontos que me iluminam, aceitar o que faz parte de mim, mas voltar-me para o que me faz brilhar.
E é fácil. O ser umano que complica.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário